O Atlântico é um clube peculiar do futsal brasileiro. Tradicionalíssimo, tem história centenária em Erechim (RS), onde fundado por imigrantes italianos. Em 1999 o futsal surge de maneira profissional e, dali em 16 anos, chegaria ao topo da modalidade. Mas, antes disso, já era um dos clubes mais longevos nas ligas Nacional, terceiro que mais disputou, e estadual, a Série Ouro, segundo em participações. Em 2011, porém, para o goleiro Baranha, algo a mais aconteceu com o Atlântico, uma conquista que permitiu um salto maior.

Edson Castro

Treinando em Erechim. Foto: Edson Castro

Saiu do campeão gaúcho e voltou para o melhor do mundo

“Em 2011 a gente conquistou o primeiro titulo de expressão do clube”, e Baranha acredita que, “de lá pra cá as coisas começaram a mudar e títulos de expressão ainda maior vieram na sequência”. Finalmente campeão gaúcho! Depois disso, um breve hiato em 2012. Nos dois anos seguintes seriam oito títulos, quatro em 2013, incluindo a Taça Brasil. Esta última Taça, o credenciou à Copa Libertadores do ano seguinte, que por sua vez, também vencida pelo Atlântico, concedeu vaga ao Mundial de Clubes. “Depois daquele primeiro título o caminho abre, e vai calejando este caminho, e as coisas ficam mais fáceis”, afirma o goleiro.

Antes destes títulos, para ele, “o atlântico era um clube que não chegava em alguns campeonatos, como a Liga Nacional, que é um pouco diferente”. “Não é como o a Taça Brasil, que é disputada em poucos dias, o Atlântico era um clube muito forte em torneios curtos”, compara. “Hoje continua um pouco ainda assim, pela característica do clube em si, de jogar a confiança do atleta lá em cima e, em torneios curtos, o jogador entra 100%, com a raça, foco total naquela semana, mas a Liga Nacional é outro estilo”, contemporiza. Na LNF, “tem que ter a cabeça concentrada por mais tempo, como agora, que nós empatamos em casa com o Corinthians, vamos jogar fora de casa contra um excelente plantel e com uma torcida que é das melhores, no meu ponto de vista”, fala já antevendo dificuldades. “Essas são coisas que você vai conhecendo aos poucos e o clube Atlântico está amadurecendo a cada ano”, analisa.

Edson Castro

O goleiro Baranha se prepara para confronto contra a ACBF. Foto: Edson Castro

PlayoffsLNF2016 e o próximo jogo com o Corinthians

Baranha confessa que, contra o Marreco, o planejamento era ‘pontuar’ fora de casa, ou seja, não perder, mas “ficou para o ultimo jogo a decisão, nos complicamos na partida e a conseguimos a vitória faltando poucos segundos”. “Na prorrogação prevaleceu o nosso condicionamento físico”, conta sobre a classificação nas oitavas.

O planejamento diante do Corinthians era o mesmo, mas mudando as características por começar o duelo no ‘Caldeirão do Galo’. “O jogo estava na nossa mão até os últimos segundos, a equipe do Corinthians foi eficiente no seu goleiro linha e acabou conquistando o empate. Não acho que foi falta de atenção, foi qualidade mesmo da equipe do Corinthians que fez o gol faltando um segundo. Fiquei bastante chateado. A minha revolta mesmo foi com os nove milésimos de segundo, porque eu acho que a gente fez o que tinha que fazer”, lamenta.

“Desde o começo do ano entre torcida, diretoria e nós, sabemos que podemos chegar nessa tão importante Liga Nacional para o clube”, de fato uma conquista que ainda falta. Ciente da “qualidade e estilo de jogo do Corinthians, que vai nos induzir a ficar na marcação”, Baranha diz que: ‘estamos muito motivados e vamos fazer nosso jogo forte de raça e marcação”, para conseguir a vaga nas semifinais.

Quartas de final – Jogos de Volta

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