José Delmo Menezes Junior

Bateria vive boa fase e comanda a reação do Marreco na temporada. Foto: José Delmo Menezes Júnior

Na última quinta-feira, dia 7, aconteceu o primeiro jogo da Liga Espanhola de Futsal (LNFS), quando o Inter Movistar, de Madri, derrotou o Barcelona por 4 a 2. Bateria, jogador do Cresol/Marreco, jogou três anos em cada time e teve o privilégio de conquistar muitos títulos. Por conta disso, ele foi entrevistado por uma tevê da Catalunha para falar, por meio da internet, sobre o clássico. No mesmo dia, ele foi entrevistado pelo site da Liga Nacional de Futsal (LNF), para falar sobre seu futuro:

LNF – Com quantos anos você foi pra Europa?
Bateria – Eu tinha 20 anos, foi em 2011. Eu tinha jogado duas Ligas Nacionais e meia pelo Joinville.

LNF – Como foi a experiência no Inter Movistar e Barcelona, os dois maiores da Espanha?
Bateria – Tive o privilégio de disputar finais pelos dois times. São dois grandes clubes, poucas diferenças. Talvez o Inter seja um pouco mais laureado no futsal pelos títulos. E o Barcelona tem uma força e uma tradição muito grande. Fiquei três anos no Inter e três anos no Barcelona.

LNF – Como foi jogar ao lado do melhor jogador do mundo na atualidade, o português Ricardinho?
Bateria – Foi muito interessante. Eu sempre falo que jogar ao lado de craques como esse, tudo se torna mais fácil. É só fazer mais ou menos bem que a bola chega pra você. O Ricardinho dispensa comentários, é um craque mundial, todo mundo conhece. Eu tive o prazer de atuar do lado dele por um ano. Somos amigos, a gente criou uma relação muito bacana, ele é um cara muito humilde.

LNF – Chegou a ter contatos com atletas do futebol do Barcelona?
Bateria – A gente cruzava bastante com os atletas do Barcelona. Em alguns era mais fácil de chegar, outros não. Neymar e Messi era mais difícil encontrar. Mas tive contatos com outros craques, como Iniesta, Adriano, Rafinha, Daniel Alves, entre outros.

LNF – Voltando pra Liga Nacional de Futsal. Como foi voltar em 2018?
Bateria – Acho que o equilíbrio continua sendo o mesmo que tinha em 2011, quando eu saí. Depois de seis anos na Europa, voltar agora está sendo muito diferente. Até o formato das competições é diferente. Na Espanha são 16 equipes, mas a primeira fase é ida e volta, fica mais justo. Mas o Brasil é um país muito grande, dificulta a logística.

LNF – Até onde o Cresol/Marreco pode chegar na Liga e no estadual?
Bateria – Acho que foi importante o time ter mantido a base do ano passado. A temporada passada já foi muito boa. O que a gente quer é uma campanha mais ou menos parecida com a do ano passado, mas sempre com aquele intuito de melhorar. Todo jogador almeja conquistar títulos, é isso que a gente quer.

José Delmo Menezes Júnior

Com a camisa do Marreco, Bateria volta a disputar a LNF depois de sete anos na Espanha. Foto: José Delmo Menezes Júnior

LNF – Você já jogou clássicos como Joinville e Jaraguá e Inter Movistar e Barcelona. Como foi disputar o Clássico das Penas, entre Pato e Marreco?
Bateria – Já foram dois Clássicos das Penas, e dois positivos, um empate fora e uma vitória em casa. Eu acredito que Jaraguá e Joinville e Marreco e Pato são clássicos muito similares. É uma rivalidade entre cidades, envolve muito mais que o trabalho dentro de quadra. Inter e Barcelona é um pouco diferente, porque a cultura do europeu muda bastante. Lá a gente não vê esse confronto fora de quadra, essa troca de ‘elogios’. Mas o Clássico das Penas é bem diferente do que a gente costuma ver por aí.

LNF – Você vivenciou também Brasil e Argentina, que é diferente também. Inclusive, foi o artilheiro da Seleção Brasileira nas Eliminatórias, craque da competição e campeão…
Bateria – Em qualquer esporte que houver Brasil e Argentina, sempre vai ter rivalidade. São sempre jogos acirrados. A Argentina é a atual campeã mundial. A rivalidade faz o futsal crescer, um quer sempre estar melhor que o outro. Isso também acontece com Marreco e Pato, é muito positivo.

LNF – Você almeja ser o melhor jogador do mundo?
Bateria – Esse sempre foi meu objetivo. Tive muitas dificuldades por causas das lesões, mas sempre tive a cabeça no lugar. Vindo pro Marreco, eu posso mostrar que consigo atuar em alto nível. Quero conquistar títulos coletivos e individuais, a Liga Nacional é uma competição muito difícil e desafiadora. Estou muito feliz de estar de volta ao Brasil.