Depois do Desafio Internacional, no qual superou a Colômbia por 3 a 2, a seleção brasileira de futsal encerrou uma era. Foi o jogo de número 242, e o último oficial, do ídolo Falcão. O ala, considerado o melhor de todos os tempos na modalidade, marcou o gol de número 385 com a camisa amarelinha e agora não vai mais defender o time nacional, continuando apenas no Magnus, de Sorocaba. Um jogo festivo de despedida ainda será marcado.

Dias após este anúncio, o técnico PC de Oliveira, que conseguiu manter a Ferroviária na série A do Campeonato Paulista de Futebol, voltou suas energias uma vez mais para o esporte da bola pesada. O treinador campeão do mundo elaborou uma lista apenas com atletas atuando no Brasil, já que a Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) e a Liga Nacional de Futsal (LNF) elaboraram um calendário conjunto, respeitando as pausas para competições.

Sendo assim, em pleno processo de reformulação, foram convocados quatorze atletas de seis diferentes clubes. A lista, apesar de recheada de jovens, não surpreende; tanto pela atuação dos convocados, quanto pelas outras listas da seleção desde que foi eliminada da Copa do Mundo no ano passado nas oitavas de final para o Irã, a queda mais precoce do Brasil em um mundial. Metade deste elenco se sagrou campeão da LNF com o Corinthians no ano passado, a mais importante competição do calendário nacional e uma das ligas mais tradicionais do mundo.

O fixo veterano Nenê, o arqueiro Guitta, além do pivô Deives, melhor jogador da LNF2016, Leandro Lino, revelação maior do futsal no ano passado, Arthur, Marcel e Rocha são os atuais campeões da LNF. Mas o Baixinho Bom de Bola, Deives, hoje defende a ACBF; já as crias da base corintiana, Lino, Marcel, Arthur e Rocha, atuam nesta temporada no rival do ano anterior, o Magnus de Falcão. Contudo a harmonia segue entre eles, são também os atuais campeões da Liga Paulista.

Com isso, PC facilita o quesito entrosamento e faz valer uma ideologia que desde o retorno à seleção falou que defenderia: valorizar o DNA do futsal brasileiro. Em retorno ao comando da seleção, ele ressaltou a importância de se manter uma identidade do estilo brasileiro de praticar o jogo, muitas vezes, segundo ele, moldados pela continuidade dos atletas em período de formação nos clubes brasileiros. Ou seja, valorizando a importância de atletas que deram continuidade em solo brasileiro, ao invés de, ainda muito jovens, migrarem para ligas de outros países, onde podem desenvolver novas habilidades, bem como perder características do maior campeão do mundo: o Brasil.

Copa América de Futsal – San Juan – Argentina

Grupo A

Argentina, Brasil, Chile, Venezuela e Bolívia.

Grupo B

Paraguai, Colômbia, Uruguai, Peru e Equador.