20.10_fifa_delneroA Conmebol tomou a decisão de substituir Marco Polo Del Nero no Comitê Executivo da Fifa. Integrantes da confederação sul-americana ouvidos pelo blog citam pelo menos dois artigos do estatuto da entidade que teriam sido descumpridos pelo presidente da CBF.

O artigo 31.3 diz que “os representantes da Conmebol no Comitê Executivo da Fifa participarão das reuniões do Comitê Executivo da Conmebol”. Desde maio, Marco Polo Del Nero não participa de eventos nem da Fifa e nem da Conmebol. O dirigente não deixa o Brasil desde maio, quando o FBI prendeu José Maria Marin e uma série de outros dirigentes.

O presidente da CBF não faz parte do Comitê Executivo da Conmebol. Mas, na qualidade de representante da Conmebol no Comitê Executivo da Fifa, deveria participar das reuniões da confederação continental.  O artigo 36.5 do Estatuto da Conmebol diz:

– O comparecimento às sessões será obrigatória e a ausência a três reuniões consecutivas ou cinco alternadas sem justificativa poderá dar lugar à adoção de medidas disciplinárias que o Comitê considere oportunas para corrigir a situação descrita.

Marco Polo Del Nero tem enviado um dos vices da CBF, Fernando Sarney, para representá-lo nos encontros da Conmebol. O estatudo da entidade é vago sobre isso. Na Fifa, não há “representação” – a cadeira que ele normalmente ocupa fica vaga. Foi assim nas últimas quatro reuniões do Comitê Executivo da entidade que manda no futebol mundial.

Os outros representantes da Conmebol na Fifa são o paraguaio Juan Angel Napout e o colombiano Luis Bedoya. O substituto de Del Nero será decidido em encontro da confederação a ser realizado no Rio, na última semana de novembro. Na semana seguinte, há uma reunião do Comitê Executivo da Fifa, em Zurique, na qual a Conmebol espera já ter seu novo indicado.

Procurada, a CBF respondeu que não falaria sobre o assunto. Em nota publicada em seu site na última segunda-feira, a entidade informa que “não houve nenhuma tratativa sobre a saída do presidente Marco Polo Del Nero do Comitê Executivo da Fifa”.

Notícia: Martín Fernandez

Imagem: Divulgação