O título mundial talvez seja o ápice na carreira de qualquer esporte de alto rendimento. Além dos atletas que protagonizam e se tornam os grandes nomes das conquistas, outras pessoas envolvidas no trabalho diário fazem diferença em cada título. Exemplo disso é o supervisor Reinaldo Garcia Simões, do Magnus e da Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS), que ostenta galeria de 10 títulos mundiais, entre clubes e seleção brasileira masculina e feminina.

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Reinaldo Simões é o atual supervisor do Magnus e da Seleção Brasileira de Futsal. Foto: Divulgação

Às vésperas da estreia do Magnus no Mundial de clubes de futsal, o dirigente vive expectativa pelo tricampeonato do time do interior paulista e a 11ª conquista pessoal. “O campeonato deste ano vai ser ainda mais difícil, são clubes fortes e com tradição. Estamos preparados, a partir do momento que pisarmos na Tailândia, o pensamento é outro nos dois jogos decisivos que teremos na primeira fase”, analisou o dirigente.

Reinaldo possui três títulos mundiais por clubes: Ulbra (2001) e Magnus (2016 e 2018). Pela seleção brasileira masculina, o bicampeonato da Copa do Mundo (2008 e 2012), além da conquista dos Jogos Mundiais da Juventude – primeiro ouro olímpico da história do futsal – na temporada passada. O maior número de conquistas fica no período em que esteve à frente da seleção feminina de futsal, somando quatro títulos mundiais em sequência: 2009, 2010, 2011 e 2012.

“Claro que tem todo o trabalho envolvido, mas tive a sorte de estar no lugar certo na hora certa. A grande sacada do negócio é ter uma comissão técnica multidisciplinar e a partir daí você administra o restante que envolve o esporte”, disse o dirigente.

“De todos os projetos o que mais me orgulha é o trabalho feito no futsal feminino. Quando assumimos, em 2005, nós não ganhávamos de ninguém. Trouxemos a seleção da Espanha que era a mais forte na época. Levamos três goleadas de perder o rumo de casa. A partir daí fizemos um trabalho de busca de talentos pelo Brasil e achamos uma seleção. Retornamos para a Espanha seis meses depois, vencemos elas lá e daquele jogo para cá o Brasil nunca mais perdeu um jogo no feminino. Esse é o trabalho que foi feito, começamos do zero”, relembra.

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Reinaldo Simões é um dos dirigentes mais vitoriosos do mundo. Foto: Divulgação

Além do Magnus, estão confirmados na Copa Intercontinental em 2019: Corinthians, Boca Juniors (Argentina), El Pozo e Barcelona (Espanha), Shenzen (China), Chonburi (Tailândia), Mes Sungun (Irã) e Fath Sportif Settat (Marrocos).

O Grupo A é formado por Chonburi (Tailândia), Boca Juniors (Argentina) e Fath Sportifi (Marrocos) , enquanto o B é formado por Corinthians, Barcelona (Espanha) e Shenzhen Nanling Tielant (China). O Grupo C é formado por Sorocaba, Elpozo Múrcia (Espanha) e Varzaghan (Irã).

A estreia do time do interior paulista na competição será no 26 de agosto, às 03h30 (horário de Brasília), contra o Varzaghan (Irã), em Bangkok. Nesta edição, as nove equipes estão divididas em três grupos. Avançam para a semifinal os melhores de cada grupo e o melhor segundo colocado geral.

Com cinco títulos, o Inter Movistar, da Espanha, é o maior campeão mundial interclubes. O Carlos Barbosa é o segundo maior vencedor, com três canecos. O Sorocaba é o atual bicampeão.

Títulos mundiais de Reinaldo Simões:

Clubes: Ulbra (2001); Sorocaba (2016 e 2018)
Seleção brasileira masculina (2008 e 2012)
Seleção brasileira feminina (2009, 2010, 2011, 2012)
Jogos Mundiais da Juventude sub-18 (2018)