Por volta de 2005 começa a se destacar no Floripa Futsal um goleiro de nome Djnoy. Natural da Ilha de Florianópolis, o ‘manézinho’ seguiu no time até 2010, quando partiu para uma outra praia, em Santos. No litoral paulista se juntou a uma base que vinha do multicampeão Jaraguá, que marcou época no futsal brasileiro, com Falcão, Ferretti e companhia. Além de outras revelações, como ele próprio e os alas Jackson e Pixote.

Murilo Wolf

Djony em ação pelo Floripa. Foto: Murilo Wolf

Essa breve história de um grupo que contava com a torcida apaixonada do Santos, novos talentos e craques conhecidos, acabou em título, o primeiro para um time paulista na Liga Nacional de Futsal. “Os ginásios sempre cheios, em qualquer lugar do Brasil tinha torcedor do Santos”, isso “dava um apoio a mais para os jogadores”, conta. O que tornou o trabalho mais fácil, além “de ser um timão, o grupo ali era uma família”, acrescenta Djony. “Deu tudo certo e ganhamos a Liga de ponta a ponta”.

Apesar de sair do Santos campeão, ele não conquistou em Santa Catarina a regularidade que esperava. “Fiquei dois anos em Joinville, que mesmo sendo um clube de camisa, grande, não consegui ter uma sequência boa”, confessa.  Depois deste período, decidiu que era hora de retomar de um ambiente conhecido. Perto da família e dos amigos, um pouco similar ao que disse o goleiro Deivd da Copagril, seu adversário nas quartas de final da LNF2016, que por sua vez destacou outros quesitos para pontuar sua volta ao Paraná (leia entrevista completa).

Então, nesta temporada Djony, que disputa a Liga desde 2007, opta por sua cidade, família e amigos, que segundo ele, foram os “principais fatores para voltar ao Floripa”.

Liga mais equilibrada que já disputou

Para Djony essa é a Liga Nacional “mais equilibrada” disputada por ele. O jogador acredita que “a crise no país dividiu muito as equipes, e as que têm o investimento um pouco menor, conseguiram fazer times competitivos, como é o caso da própria Copagril, uma das favoritas ao título”, analisa.

“Essa semana vai dar para trabalhar bastante, estudar o que erramos e a equipe deles”. Sobre o rival pela vaga nas semifinais, ele continua: “a equipe que mais pontou na Liga até agora, estão muito constantes, não podemos errar lá como erramos aqui”. Mas, com este conveniente intervalo dos jogos da LNF, em virtude do amistoso da seleção neste final de semana, o grupo pretende corrigir as falhas e buscar o estado de concentração que encontrou lá em Carlos Barbosa.

A receita da semana em Florianópolis é “analisar os pontos fracos deles, trabalhar em cima e estar em um dia inspirado”.  Pois será preciso, ressalta Djony, “concentração acima do normal, como estávamos em Carlos Barbosa; apesar de termos errado bastante no primeiro tempo lá (na Serra Gaúcha), no segundo conseguimos reverter”.  No final, tudo se resume a “errar o mínimo possível”, finaliza.

Daniel Luiz

Oitavas de final contra a ACBF

Na cidade gaúcha que Djony viveu seu momento alto na temporada. Ele se emocionou ao final da partida, depois de pegar dois pênaltis e passar por uma batalha contra a ACBF no tempo normal, com vitória, e na prorrogação, com empate. Djony diz que seu vontade era mostrar todo o valor que ainda tem para acrescentar ao futsal e dizer: “O Djony está aqui ainda e tem condições de ser o que ele sempre foi”, sintetiza o que sentiu o atleta, em terceira pessoa.

Vamos deixar que ele mesmo fale sobre a classificação:

“Ninguém acreditava na nossa classificação, só nós jogadores e a comissão. Ainda era contra o Carlos Barbosa, que tem um histórico que não precisa nem falar. Conseguimos reverter uma situação desfavorável. Ganhamos no tempo normal e na prorrogação buscamos o empate heroico, no finalzinho com o pênalti. Depois eu pude ajudar a equipe na disputa de pênaltis. Foi muito emocionante para mim. Na questão de poder resgatar a minha importância no futsal. Eu estava buscando isso, voltar a brilhar, a aparecer (no momento de decisão)… na vida de um atleta é muito importante isso. Uma realização pessoal e profissional”.

Ele – e o Floripa também – conseguiram provar esse valor e mais uma vez estão nos holofotes do futsal brasileiro. Cabe ao grupo agora surpreender a todos em mais uma virada.

Murilo Wolf

Contra a ACBF. Foto: Murilo Wolf

Quartas de Final

Ida – Floripa 3×6 Copagril – Para ver os gols CLIQUE AQUI.

Volta – 06/11 DOM | 12:00 | #COPxFLO | Marechal Cândido Rondon/PR