A derrota para o Irã nos pênaltis, nas oitavas de final do Mundial de Futsal, acabou antecipando a despedida de Falcão da competição. Após a partida em Bucamaranga (Colômbia), emocionado, o craque de 39 anos confirmou que a partida foi a última em Copas do Mundo. E chegou a deixar no ar que gostaria de realizar uma partida de despedida pela seleção, indicando que poderia não mais disputar um jogo oficial pela equipe.

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Sentiremos falta. Foto: FIFA

– Minha história em Copas do Mundo acaba aqui e espero ter deixado um legado. Me esforcei e preparei para isso. Não dá para culpar o Ary de jeito nenhum (pelo pênalti perdido). Perdemos para uma grande seleção, que vai chegar. Mas é muito bom ter esse reconhecimento do público, dos adversários. Mas são duas sensações: em 2012 (no Mundial) aconteceu tudo de bom, naquele momento, foi uma história bonita, achei que não estaria aqui agora e, talvez, a história mais triste da minha carreira. Ser eliminado nas oitavas. Mas acho que isso vem lá de cima também. A gente tem que lidar com as vitórias e derrotas – afirmou o camisa 12, que conquistou duas vezes o Mundial pela seleção (em 2008 e 2012).

Em tom de despedida da equipe, o craque disse esperar ser “lembrado de uma forma positiva” pelo que fez com a camisa da seleção.

– Me despeço de cabeça erguida, independente dos gols. Quero ser lembrado de uma forma positiva. De incentivar as crianças do Brasil, do mundo, ser jogado para o alto daquela maneira, de ter esse reconhecimento, mas saber que eu tentei. Fiz de tudo, me doei, todos nós perdemos e parabéns ao Irã. Tentar esfriar a cabeça, colocar a cabeça no lugar e espero ter deixado um legado positivo. Tentar fazer um jogo de despedida da seleção porque foi, realmente, bem frustrante (a derrota) – disse Falcão, que marcou três gols no empate por 4 a 4 com o Irã. Nos pênaltis, os iranianos venceram por 3 a 2 (Falcão converteu a sua cobrança).

Após a partida em Bucaramanga (Colômbia), o jogador foi reverenciado pelos jogadores do Irã, que o cercaram e o jogaram para cima. Em uma demonstração de admiração pelo jogador brasileiro.

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Reconhecimento. Foto: FIFA

Para Falcão, a eliminação precoce no Mundial não abala a sua trajetória na seleção.

– Uma derrota em um jogo não faz a gente perdedor, muito pelo contrário. Eu me vejo como um vencedor, por poder chegar aqui, com 39 anos, espero ser um exemplo para os atletas que param cedo, de persistir, de tentar. Agora, vou tentar ver o que vou fazer da minha carreira, porque eu queria esse momento. Eu vim, me diverti, joguei, infelizmente não consegui ajudar a seleção a chegar mais longe. Mas, como falei, espero ter deixado uma história bacana e isso para mim é o que fica.