A seleção brasileira de futsal conquistou o Grand Prix, em Brusque, no último domingo, com a vitória por 4 a 2 sobre a República Tcheca. E o troféu teve um sabor especial para o craque Falcão: foi o título 99 da carreira dele.

Após o confronto, o camisa 12 falou sobre a importância do expressivo feito e colocou o Mundial de 2012, na Tailândia, como o mais marcante. Na ocasião, ele sofreu uma lesão muscular durante o torneio, voltou, atuou nas finais com uma paralisia facial e mesmo assim foi decisivo.

Ricardo Artifon

Brasil vence República Tcheca no Grand Prix. Foto: Ricardo Artifon

– Procuro sempre dizer que números não se contestam muito. E 99 títulos na carreira não é para qualquer atleta, para qualquer esporte. Fico muito feliz e espero buscar o centésimo ainda neste ano. Embora eu tenha muitas história para contar, por tudo que eu passei o Mundial de 2012 foi o mais marcante, sem dúvidas – falou.

Mesmo aos 40 anos e voltando de férias, Falcão teve participação importante no Grand Prix. Ele foi o terceiro artilheiro da equipe no torneio, com cinco gols, atrás de Ferrão e Dieguinho, e aprovou seu desempenho individual.

– No contexto geral foi muito acima do que eu esperava. Sinceramente, esperava chegar bem abaixo, mas não. Cheguei, me preparei no fim das férias, mas esperava ter mais dificuldade. Consegui ajudar de alguma forma, atuando pouco, muito ou mais ou menos, mas consegui dar um retorno que eu mesmo não esperava, No contexto geral foi de bom para ótimo – explicou.

O camisa 12 também se mostrou contente com a evolução da seleção brasileira durante o Grand Prix e citou a importância do grupo ter passado por esse período juntos em Brusque.

Ricardo Artifon

Dieguinho comemora mais um gol com Pito e Gadeia. Foto: Ricardo Artifon

– Para nós do Brasil também foi muito importante, por termos acabado de voltar das férias, e isso (ter os jogadores da Europa) tem de se repetir mais vezes. É o começo da busca pelo Mundial de 2020, temos de nos encontrar mais, ficar mais juntos. Claro que temos de vencer, mas independentemente do resultado final, já teria valido a pena por termos aprendido muito, entender o que o Marquinhos Xavier quer, ter o jogadores que vêm de fora para passar o que acontece na Europa… Foram dias muito proveitosos – completou.

O próximo compromisso da seleção brasileira de futsal será em abril, em dois amistosos, com adversário ainda indefinido.