Falcão deixou oficialmente as quadras na última quinta-feira, quando disputou a final da Liga Paulista. Apesar de não ser mais jogador, o camisa 12 seguirá ligado ao futsal. O maior atleta da modalidade agora voltará todas as suas atenções para o lado administrativo, algo que já vinha fazendo ainda mesmo quando atuava.

Guilherme Mansueto

Falcão se despediu das quadras na final da Liga Paulista 2018. Foto: Guilherme Mansueto

“Dentro do meu clube (Magnus) só muda de eu não estar mais jogando. Eu que projetei esse projeto. Falo com a comissão o tempo todo. Essa gestão eu vou estar mais próxima disso, vou estar mais atuante fora de quadra. Mas também tem outros projetos. A nível de Seleção me coloco à disposição dentro do que me permitirem. E vou tentar fazer o meu melhor para o futsal continuar crescendo”, declarou.

Podendo focar apenas nos bastidores, Falcão tem a intensão de juntar forças para convencer a Fifa a permitir o futsal se tornar um esporte olímpico. Além disso, ele exaltou o crescimento da modalidade nos últimos anos. “É uma ideia minha juntar os últimos capitães das principais seleções do mundo (para falar com a Fifa). Sabemos que o futsal é um esporte Fifa e não é interessante para a entidade que a gente jogue as olimpíadas ainda mais porque o Mundial é no mesmo ano. Se a Fifa libera para ser olímpico, meio que mata a Copa do Mundo de futsal. Uma ideia é conversar com a Fifa para adiantar ou atrasar o Mundial para que libere para a olimpíada e não concorra e seja no mesmo espaço de tempo. Minha briga vai ser essa”, afirmou.

Ricardo Artifon

Após despedida, Falcão projeta trabalhos fora de quadra. Foto: Ricardo Artifon

“Até o Mundial de 2004 você esperava a final entre Brasil e Espanha. E hoje não, você tem uma Copa do Mundo com mais duas ou três seleções mais preparadas para serem campeãs. Tanto é que quem imaginaria que o Brasil ia ser eliminado pelo Irã. Mas acho que isso é positivo para o esporte”, finalizou Falcão.