Alexandre, Anderson, Saad, Fabiano, Eduardo, Caio, Fernando, Jocimar, Clayton, Edgar, Marcio, Adriano, Sandro e Patrick. Esses nomes, não tão comuns para o país europeu, formaram o elenco da Itália na Copa do Mundo 2008.

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Equipe ficou na terceira posição no último Mundial. Foto: Getty Images

Toda a equipe à época foi formada por brasileiros naturalizados, o que causou grande repercussão na modalidade. Após esse Mundial, a Federação Italiana decidiu restringir e passou a permitir que somente metade dos convocados pudessem ter nascido em outro país.

E assim será na Copa de 2016, que começa neste sábado, na Colômbia. São sete italianos e sete brasileiros naturalizados (Gabriel Lima,Honorio, Fortino, Merlim, Kaká, Murilo e Giasson).

O principal destaque é Gabriel Lima, capitão da equipe desde 2013 e que já ficou em terceiro na eleição de melhor jogador do mundo. Desde os 16 anos na Europa, o jogador defende que as pessoas olhem para a história antes de criticar as naturalizações.

“Cada um tem sua opinião. O futsal é um esporte que todos os países encontram muitas barreiras, no Brasil a concorrência e falta de investimento é uma delas. Tive possibilidade de vir a Itália, tenho ligação forte, meu avô materno é italiano, está vivo, o país me acolheu muito bem, acolheu minha família, não hesitei em aceitar o convite. Cada caso é um caso, é opinião…mas antes de opinar é bom conhecer a história de cada um”, declarou Gabriel ao ESPN.com.br.

“Catenaccio” das quadras

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Gabriel Lima é o grande nome do time italiano. Foto: Getty Images

A Itália está no grupo C da Copa do Mundo, ao lado de Paraguai, Vietnã e Moçambique. Segundo Gabriel Lima, a seleção europeia segue as tradições do futebol do país, com muita força defensiva e menos atenção para o ataque.

“O futsal italiano também é caracterizado pela marcação forte, temos um dos melhores goleiros do mundo (Mammarella), defesa bastante tática. Aqui eles apostam menos pelo futebol ofensivo, é mais sem perder bola, sem dar contra-ataque, diferente do Brasil e da Espanha”, ressaltou.

Terceira colocada na Copa do Mundo em 2012, a Itália vem de um resultado ruim no último Campeonato Europeu, quando foi eliminada por Cazaquistão nas quartas de final. Para apagar essa imagem, a seleção busca deixar uma boa impressão logo na estreia, domingo, às 22h, quando pega o Paraguai.