Divulgação Jaraguá

Lacerda chega no Atlântico acreditando em bons resultados. Foto: Divulgação Jaraguá

Manter o que deu certo e melhorar o que precisa ser melhorado. Não há nada de muito novo nesta sentença, tão comum em discursos políticos. Mas ela cai como uma luva para o momento atual do Atlântico, que em 2016 comemorou o título do Campeonato Gaúcho de Futsal – Série Ouro, mas também lamentou a queda nas quartas-de-final para o Corinthians na LNF. Ao final da temporada, o clube anunciou a mudança da comissão técnica: saiu Paulo Mussalém, entrou Sérgio Lacerda – e será dele a missão de promover esses ajustes a um time que já se provou capaz de grandes feitos.

Aos 52 anos e com 15 de experiência como treinador, o catarinense Lacerda comandou o Jaraguá Futsal no ano passado. Agora, Chega a Erechim disposto a deixar sua marca no Galo. “É uma boa equipe, mas em alguns momentos decisivos faltou alguma coisa. Vamos trabalhar esses aspectos, quero dar minha cara à equipe, meu perfil”, afirma, ressaltando o respeito ao trabalho deixado pela antiga comissão técnica. E quando fala sobre seu perfil, Lacerda garante que não faltará intensidade no jogo apresentado pelo Atlântico. “A intensidade é uma característica nossa, o jogo é assim hoje. O atleta tem que ter essas valências, força e velocidade. Não vou mudar a característica do meu trabalho, foi por isso que cheguei ao Atlântico”, explica o treinador, que garante não se conformar com pouco. “O pessoal fala que sou meio rabugento, que dou bronca, mas é que eu sempre quero mais. O contexto mais importante é o Atlântico vencer”, completa Lacerda.

Time para 2017

Com a adição de alguns reforços – inclusive selecionáveis – trazidos nas últimas semanas, o treinador avalia o grupo montado para a próxima temporada como capaz de conquistar bons resultados. “Tentamos formatar um grupo competitivo. Trocamos algumas peças e temos um time homogêneo que certamente chegará bem organizado para a disputa da Taça Brasil [em março]”, diz. Para Lacerda, o principal objetivo do Atlântico em 2017 é melhorar as posições nos torneios em relação a 2016. E, para que isso aconteça, ele considera fundamental que time e comissão técnica compreendam e estudem o esporte. “Às vezes ganhamos jogando mal e perdemos jogando bem. Temos que saber exatamente por que ganhamos e por que perdemos. A gente entra para tentar vencer, não tem meio termo, mas isso tem que ser feito passo a passo, com estudo”, afirma o técnico.

Vinda para o Galo

“A gente conhece bem o Atlântico, apesar de nunca termos trabalhado. Sabemos da grandeza, da estrutura”, comenta Lacerda, contente com o profissionalismo da instituição. Segundo o treinador, o Galo possui atrativos suficientes dentro e fora de quadra que facilitaram a negociação. “É um clube muito correto, com um trabalho bem estruturado. E tem uma equipe que sempre está chegando, que representa bem a cidade. O Atlântico é referência”, finaliza.