O técnico da Seleção Brasileira de Futsal, Marquinhos Xavier, exaltou o desempenho da equipe na vitória por 8 a 2 sobre a Argentina, na última terça-feira, em Manaus (AM). Satisfeito com a forma com que a transição de gerações está sendo feita no país, mesmo animado, ele tratou de frear a empolgação, admitindo que, mesmo bem preparado, o grupo está sendo trabalhado na verdade para o Mundial de 2024.
“O objetivo dessa renovação é justamente não esperar 2020 e deixar para começar esse processo depois do Mundial. Na verdade ele já começou e estamos preparando uma equipe para 2024, de maneira que é importante a presença dos jogadores mais experientes e os jovens atletas que vão se adaptando a esse ambiente, a pressão que é jogar na seleção. Isso faz parte do nosso contexto e eles tem que se acostumar a isso”, disse.
A goleada sobre a Argentina, para Marquinhos, acabou sendo um bom termômetro de como a equipe consegue se comportar diante do desafio de assimilar rapidamente as demandas táticas jogo a jogo.
“A gente não tinha informações precisas sobre a Argentina e a partir do momento em que você joga o primeiro jogo, você consegue coletar informações que facilitam o jogo. Hoje, além das informações, o grupo se mostrou muito concentrado no que tinha que fazer. A gente tinha o objetivo de vencer e já na primeira etapa nos distanciamos no resultado e fazer a Argentina se expor mais na segunda etapa”, completou.
Marquinhos também comentou as declarações de Falcão, que em outras oportunidades deixou claro que já estará aposentado no Mundial 2020. Para ele, por mais que a aposentadoria de Falcão represente uma perda significativa, a forma como o astro vem passando o bastão para os mais novos é uma evidência da necessidade que o Brasil tem de que surjam novos ídolos nas gerações que estão por vir.
“Para todo mundo chega essa hora. Em algum momento, o próprio atleta precisa fazer sua transposição e dar oportunidade aos que chegaram. A gente tem que agradecer a tudo que ele fez pelo futsal, e que ainda faz. No dia que ele parar, a gente vai lamentar perder uma grande referência, mas surgirão outras, com toda certeza”, concluiu.