O técnico da Seleção Brasileira de Futsal, Marquinhos Xavier, exaltou o desempenho da equipe na vitória por 8 a 2 sobre a Argentina, na última terça-feira, em Manaus (AM). Satisfeito com a forma com que a transição de gerações está sendo feita no país, mesmo animado, ele tratou de frear a empolgação, admitindo que, mesmo bem preparado, o grupo está sendo trabalhado na verdade para o Mundial de 2024.

Ricardo Artifon

Marquinhos Xavier tem a missão de preparar a Seleção Brasileira para o Mundial de 2020 e 2024. Foto: Ricardo Artifon

“O objetivo dessa renovação é justamente não esperar 2020 e deixar para começar esse processo depois do Mundial. Na verdade ele já começou e estamos preparando uma equipe para 2024, de maneira que é importante a presença dos jogadores mais experientes e os jovens atletas que vão se adaptando a esse ambiente, a pressão que é jogar na seleção. Isso faz parte do nosso contexto e eles tem que se acostumar a isso”, disse.

A goleada sobre a Argentina, para Marquinhos, acabou sendo um bom termômetro de como a equipe consegue se comportar diante do desafio de assimilar rapidamente as demandas táticas jogo a jogo.

“A gente não tinha informações precisas sobre a Argentina e a partir do momento em que você joga o primeiro jogo, você consegue coletar informações que facilitam o jogo. Hoje, além das informações, o grupo se mostrou muito concentrado no que tinha que fazer. A gente tinha o objetivo de vencer e já na primeira etapa nos distanciamos no resultado e fazer a Argentina se expor mais na segunda etapa”, completou.

Ricardo Artifon

Marquinhos Xavier sob o comando da Seleção Brasileira no Desafio das Américas. Foto: Ricardo Artifon

Marquinhos também comentou as declarações de Falcão, que em outras oportunidades deixou claro que já estará aposentado no Mundial 2020. Para ele, por mais que a aposentadoria de Falcão represente uma perda significativa, a forma como o astro vem passando o bastão para os mais novos é uma evidência da necessidade que o Brasil tem de que surjam novos ídolos nas gerações que estão por vir.

“Para todo mundo chega essa hora. Em algum momento, o próprio atleta precisa fazer sua transposição e dar oportunidade aos que chegaram. A gente tem que agradecer a tudo que ele fez pelo futsal, e que ainda faz. No dia que ele parar, a gente vai lamentar perder uma grande referência, mas surgirão outras, com toda certeza”, concluiu.