O ginásio do Palau d’Esports de Granollers, em Barcelona, estava praticamente lotado – a capacidade é de 6.500 pessoas – para o primeiro amistoso do Brasil na intertemporada que faz na Europa. O adversário, a seleção da Catalunha, foi o primeiro teste da seleção brasileira de futsal comandada novamente por PC Oliveira. Neste domingo, o técnico fez seu retorno mostrando que tem tudo para armar uma grande equipe na busca de devolver ao país a supremacia no esporte. Com atuação convincente, mostrando forte marcação, troca constante de posições e a já conhecida técnica, o time goleou os anfitriões por 4 a 0, neste domingo.

Convocado às pressas para o lugar de Neto, o pivô Ferrão marcou dois gols na partida – os outros dois foram de Bruno Taffy, no segundo tempo – e saiu da quadra como o destaque brasileiro junto com o goleiro Tiago, que fez boas defesas e mostrou rápida reposição de bola. Do lado catalão, o goleiro Didac e Dani Salgado também tiveram boa atuação.

– É claro que estou contente pelos gols mas o principal foi o resultado. Todos jogaram bem e ainda saímos de quadra sem sermos vazados, o que é importante para um início de trabalho – disse Ferrão, jogador do Barcelona, que mostrou também muito boa movimentação.

A primeira convocação de PC Oliveira tomou como base os jogadores brasileiros que atuam na Europa – a maioria, inclusive, na Espanha. O segundo confronto com a seleção da Catalunha será na próxima terça-feira, às 18h30, no Pavelló Municipal Nord de Sabadell, também com transmissão do SporTV.

Ricardo Rovira

Seleção venceu o primeiro amistoso na Catalunha. Foto: Ricardo Rovira

Ferrão oportunista

Foi um primeiro tempo de muita marcação, poucos espaços e brilho de Ferrão e dos goleiros. Thiago e Didac. A seleção brasileira de PC saiu com a vitória de 2 a 0 tendo dominado a maior parte do tempo com a formação principal. Depois que PC Oliveira trocou o quarteto, a Catalunha, comandada por Dani Salgado, sufocou o Brasil com bolas na trave e belas jogadas. Mesmo assim, o Brasil soube segurar a vantagem.

O time de PC Oliveira mostrou logo no começo forte pressão na saída de bola da Catalunha. Com isso, não demorou a criar chances e abrir o placar. Dyego perdeu uma chance, com boa defesa de Didac, e depois de uma bola na trave Ferrão recebeu de Gadeia, fez boa jogada e marcou 1 a 0 aos dois minutos numa bela cavadinha.

A Catalunha acertou melhor a saída de bola e passou a levar perigo ao ataque, obrigando o goleiro Tiago a duas boas defesas, uma delas em cabeçada de Dani Salgado. O Brasil voltou a se movimentar mais pelas laterais, com o time girando e buscando as jogadas ensaiadas. Daniel tentou por cobertura pela direita, mas Didac saiu muito bem para a defesa.

Em falta sofrida por Ferrão, o goleiro Didac voltou a brilhar com duas defesaças, principalmente no rebote em que Ferrão quase marcou o segundo gol. Aos 13, Dyego tramou bem pela esquerda e na tabelinha rolou para Ferrão, que bateu. Dessa vez, Didac não conseguiu segurar e soltou: 2 a 0 Brasil.

Catalunha pressiona

A seleção brasileira encontrou mais liberdade para jogar depois do segundo gol, mas desperdiçou várias chances de ampliar – uma delas com Rafael Rato, que mandou no travessão. Ferrão fazia bem o pivô abrindo espaços e girando sempre com perigo.

Nos quatro minutos finais, PC Oliveira trocou o quarteto para fazer experiências, com o objetivo de deixar o time mais leve e rápido. Não deu certo, e o primeiro tempo terminou com a Catalunha, mais ligada e acelerada, pressionando o Brasil, com direito a duas bolas na trave – uma delas num petardo de Corvo, a outra num belo giro de Dani Salgado, destaque do time da casa. Mas Thiago mais uma vez salvou a equipe.

Bruno Taffy amplia

A segunda etapa começou com a Catalunha ainda na pressão, comandada sempre por Dani Salgado, que reclamou de saída de Tiago para espalmar fora da área. O Brasil sofrera novas mudanças por parte de PC Oliveira no intervalo. E com cinco minutos, o novo quarteto encaixou: em tabelinha com Fernandinho, Bruno Taffy ficou cara a cara e ampliou para 3 a 0.

Com boa vantagem no placar, PC Oliveira devolveu à quadra a formação inicial. O jogo ficou mais aberto, com a Catalunha fazendo de tudo para diminuir. A cinco minutos do fim, Juan Carlos López ganhou na corrida de Tiago e, quase sem ângulo, mandou a bola raspando a trave. Não era mesmo dia dos catalães. A dois minutos e meio do fim, Pito apertou a saída de bola, e Bruno Taffy, sozinho, só empurrou para as redes: 4 a 0. Uma vitória convincente, com todos querendo mostrar serviço para o novo técnico.