Hoje, a partir das 21h30min, no ginásio Caldeirão do Galo, em Erechim, tem a decisão da Liga Gaúcha de Futsal. A Assoeva/Unisc/ALM, em sua quinta decisão, busca o título inédito contra o Atlântico que tenta o bicampeonato. Quem será que leva?

O torcedor da Febre Amarela está na expectativa que desta vez a Assoeva consiga de vez soltar o grito de ‘é campeão’. “Para coroar toda uma campanha como a deste ano, nada melhor que fecharmos com o primeiro título para o clube. Fomos vice na Liga Futsal, um feito inédito. Agora vamos com unhas e dentes se apegar na conquista da Liga Gaúcha”, destaca o fixo Daniel.

Roni Müller

Times da LNF decidem a Liga Gaúcha de Futsal. Foto: Roni Müller

Após o treino na manhã de ontem, no Poliesportivo, Daniel fez referências ao poder ofensivo do adversário. “Eles crescem dentro do ginásio deles. Algo normal até porque com a Assoeva aqui dentro de casa não é diferente. Vencemos aqui. Cabe à nossa equipe segurar eles lá. O torcedor vai pressionar mas é nossa hora que temos que mostrar maturidade. A concentração é tudo. Virão pra cima da gente mas diante destas adversidades temos que procurar tirar proveito”, completa o atleta.

Acertado com o Corinthians para a temporada 2018, Daniel optou em não entrar muito em detalhes. “Prefiro agora não comentar muita coisa pois meu pensamento está voltado para essa decisão do Estadual. Estou deixando a Assoeva sim mas quero sair daqui com o título. Vou brigar dentro de quadra para isso”, concluiu o autor de um dos gols na vitória da semana passada pelo placar de 3 a 1.

Malafaia comandou na manhã de ontem um trabalho mais específico com linha gol. Num primeiro momento utilizou Sacon como ‘coringa’. Na segunda parte adiantou o goleiro André Deko.

A equipe

A Assoeva vai para a decisão com o que tem de melhor. Ygor, ausente no primeiro jogo pela suspensão do terceiro cartão amarelo, fica à disposição. O pivô Dilvo, que retornou na semana passada, também vai para o jogo.

André Deko, Daniel, Boni, Valdin e Renatinho deve ser o quinteto inicial.

Quanto a nota emitida nesta semana pela Liga Gaúcha que na fase final não tem prorrogação e sim a decisão direta nos pênaltis – isso mediante a igualdade em pontos – Malafaia disse que ficou a par da situação após ler o regulamento da competição. “Cheguei a ver o regulamento mas inicialmente não o li até o final. Como nas fases anteriores tinha prorrogação e se necessário os pênaltis, acreditava que seria assim também na decisão. Consta no regulamento e temos que acatar o que está especificado”, declarou o comandante.

A Assoeva quer mesmo é definir tudo nos 40min. “A intenção é essa. Temos a vantagem do empate. Jogar com o regulamento ‘debaixo do braço’ é algo que a gente pode definir naqueles segundos finais. O futsal é dinâmico e a cada fração de segundo o resultado de um jogo pode mudar. Mas vamos lá. Desta vez tem que dar”, disse o ala Renatinho.

Pelo lado do Atlântico, sem muita novidade. O técnico Giba começou a semana cobrando uma maior atitude da sua equipe. “A falta de ritmo de jogo prejudicou nossa equipe. Agora não tem mais desculpas. Jogamos em casa, ao lado do torcedor e dentro do Caldeirão do Galo temos que fazer nossa parte”, declarou.

Djony, Café, Murilo, Vilian e Keké devem começar o jogo.

As campanhas se equivalem

O fator local é essencial em qualquer decisão? Muitas vezes sim. Nem sempre também quer dizer que se vai decidir o título em casa, a conquista é certa. Na Liga Gaúcha deste ano, por exemplo, o Atlântico decide o título em casa com a vantagem de uma campanha invicta dentro do Caldeirão do Galo. A Assoeva, na condição de mandante, por exemplo, tem uma campanha que ‘assusta’ qualquer adversário. Em 14 jogos são nove vitórias.

Dos 13 jogos do Atlântico em casa, foram dez vitórias, três empates, e a cada dois gols marcados, foi um sofrido – 49 contra 23.

A Assoeva vai para o segundo e decisivo jogo da Liga Gaúcha com a vantagem do empate nos 40min. “Nossa campanha em todo o Estadual como visitante é de destaque. Agora estamos em uma decisão e números assim tanto de um lado como do outro ficam em segundo plano. O que vale agora é um título. É o último jogo do ano. É doação máxima de cada jogador”, destaca o capitão Boni.

Ele faz referência ainda que a Assoeva necessita de muita concentração e acima de tudo, pegada. “Tem que entrar ligado. A pressão do adversário será constante até porque quem mais precisa do resultado é o time da casa. A gente joga por dois resultados. A marcação tem que ser forte e incisiva”, completa o capitão.

Quem mais balançou a rede do adversário pelo lado da Assoeva é o ala Valdin. Com 17 gols, o camisa 31 lidera de forma isolada a artilharia da equipe no Estadual. “A disposição da nossa equipe tem que ser a mesma apresentada na semana passada. É não dar importância para a pressão extra quadra e fazer o nosso jogo. Espero fechar a temporada com o título Estadual. Quanto a artilharia ela é importante sim. Gostaria mesmo é fazer quem sabe o gol do título para coroar a campanha ao longo do 2017. Esse grupo, por tudo o que fez, merece e muito a conquista”, disse o jogador.