A contagem regressiva para o primeiro desafio da Seleção Brasileira em 2019 já está rolando. No dia 30 de janeiro o Brasil entra em quadra para encarar Portugal, no primeiro de uma série de quatro amistosos na Europa – outro contra a Seleção Portuguesa e mais dois contra a Espanha.

Ricardo Artifon

Marquinhos Xavier tem a missão de preparar a Seleção Brasileira para o Mundial de 2020. Foto: Ricardo Artifon

A temporada promete ser decisiva, já que inicia uma reta final de preparação para as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2020, que ainda não tem sede confirmada pela Conmebol; enquanto o Mundial será na Lituânia. Por isso, a chance de trabalhar com um grupo de convocados formado praticamente por atletas que atuam na Europa fundamental para o técnico Marquinhos Xavier.

“Tivemos um contato muito breve no Grand Prix, mas o suficiente para definir algumas direções que precisávamos ter dentro da Seleção. Nesta oportunidade agora, embora seja muito mais rápida e com poucas oportunidades para treinar, será um marco importante para a gente seguir eliminando as dúvidas que temos em relação à Seleção para 2020. Estrategicamente, algumas convocações foram realizadas com o objetivo de fazer uma avaliação final de desempenho dos atletas e partir para uma definição de grupo”, explica o treinador da Seleção Brasileira.

Olho neles

A chance de enfrentar duas seleções tradicionais do futsal durante este período de definições também é um ponto positivo destacado por Xavier. Portugal e Espanha costumam figurar entre as melhores equipes nos torneios em que participam e devem exigir um grande nível do Brasil nos primeiros compromissos de 2019.

“São duas seleções protagonistas a nível mundial e podem dar ao Brasil a real situação de em que momento nos encontramos. Mesmo que os resultados possam ser positivos para a Seleção Brasileira, também vamos entender que não significa que está tudo certo. A Seleção tem um grande desafio que é precisar treinar, pois normalmente a gente se apresenta e joga. A nossa função, enquanto comissão técnica, é muito mais de organizar todo o plano do que propriamente dar uma condição ao atleta técnica e tática. Mas é uma oportunidade de medir forças contra dois adversários que também vão nos medir. Vamos tentar absorver as informações que esse grupo tem para oferecer nesta caminhada e com certeza será o maior desafio neste novo ciclo que se iniciou em 2017”, pontua.

Planejamento

Em seu segundo ano no comando da Seleção Brasileira, Marquinhos Xavier encaminha para o momento decisivo de preparação para o Mundial. Com o ciclo afunilando em busca da classificação para a Copa do Mundo, o primeiro objetivo, as definições de algumas situações ficam bastante encaminhadas na cabeça do treinador, que explica em que vai focar neste período de suma importância para o futsal brasileiro.

“O mais importante nesta reta final é a gente ter uma identidade. O que a gente tem cobrado muito dos atletas e que a gente tem avaliado muito é o comportamento de cada um frente ao desafio de ser um membro da Seleção Brasileira. O perfil do atleta selecionável é de rápida adaptação e mudança. Mesmo que treine durante meses ou anos dentro do seu clube, com uma filosofia de jogo diferente, ele precisa incorporar essa identidade da Seleção Brasileira assim que se apresenta. Ainda temos as eliminatórias para jogar e, por mais que possam parecer simples, é preciso pensar no torneio e dessa forma tentar de todas as maneiras carimbar a nossa passagem para o mundial. Entendemos que não somos mais sozinhos os protagonistas do esporte a nível mundial. Outras equipes e seleções têm melhorado sua performance técnica e dificultado a vida do Brasil em todos os sentidos. Precisamos evoluir para manter a hegemonia dentro do nosso continente e, assim, brigar por mais um título mundial”, diz.

O retrospecto de Marquinhos Xavier na Seleção é bastante positivo, tendo sofrido apenas uma derrota em 28 partidas – para a Argentina, em Assunção, no Paraguai.