Após sete rodadas já disputadas, os prováveis classificados à segunda fase da LNF (Liga Nacional de Futsal), começam a ser desenhados. No entanto, enquanto muitas equipes se posicionam de maneira tranquila na tabela, outras ainda buscam melhores colocações.

Diante esta este atual momento da primeira fase, alguns treinadores avaliaram o nível técnico desta LNF, comparando-o com as edições anteriores.

Estreante no certame, o técnico Athiê Melo, da Orleplast/Tubarão (SC), diz que competição desse ano está muito nivelada e aponta seis clubes que se destacam  em relação aos demais:

“Destaco seis equipes, principalmente pela composição de seus elencos e comissões técnicas, o Corinthians, ACBF, Intelli/Orlândia, Brasil Kirin, a Krona Futsal e o Jaraguá, com algumas equipes correndo por fora, porém os jogos têm sido muito parelhos e disputados.

Este é meu primeiro ano como técnico na Liga Nacional e tem sido uma honra e ao mesmo tempo um sonho, comandar uma equipe numa das principais competições de futsal do planeta. É um grande aprendizado ter a possibilidade de estar lado a lado com grandes nomes do salonismo mundial e poder extrair conhecimento através das partilhas que fazemos nessas andanças pelo país”.

Fernando Ferretti – Corinthians (SP)

“O início da Liga está bastante equilibrado. Um sinal disso é a alternância de líderes nas primeiras rodadas. Não vejo grande discrepância entre um grupo que está pontuando e um que esteja fazendo uma campanha irregular. Teremos muita dificuldade para apurar seis desclassificados. Vejo bastante equilíbrio, já que algumas equipes estão tendo dificuldades jogando fora, como o Corinthians. Por outro lado, essas mesmas equipes têm muita força dentro de seus domínios”.

Juninho – Copagril/SempreVida (PR)

“A LNF tem sido uma competição regular, com jogos definidos nos detalhes e times mais estruturados. Com a independência, as novidades tem sido fatores positivos, que contribuem para termos jogos melhores, além disso, a arbitragem teve uma melhora considerável.

Acredito que a partir da 10ª rodada a LNF vai ter um direcionamento em relação as classificações e devemos ter boas surpresas ainda pela frente. Alguns times ainda vão crescer muito, inclusive a Copagril.

Até agora, não fizemos uma boa competição. Perdemos pontos preciosos em casa e temos sofrido com o número reduzido de atletas. Apesar disso, não nos distanciamos na pontuação e podemos nos recuperar nos próximos jogos”.

Paulinho Cardoso – Tambasa/Minas (MG)

“Eu estou achando, neste início da Liga, que o nível está abaixo do ano passado, com base nos jogos que estou assistindo. São vários fatores que contribuem para isso. Neste ano, por exemplo, já tivemos duas equipes que trocaram o comando técnico. De forma geral, o nível do jogo não está bom”.

Marquinhos Xavier – ACBF (RS)

“Cada um deve ter um ponto de vista em relação a este inicio né? Mas eu acho que o recado principal foi dado. Não tem nenhuma equipe imbatível dentro da LNF. Os resultados têm demonstrado que todo mundo pode perder pra todo mundo ou pode ganhar de todo mundo, vai depender da montagem das equipes e também de plantel, investimento. Então, a gente está muito atento a isso. Diferente do ano passado, quando os invictos conseguiram alongar muito mais tempo com invencibilidade, esse ano não tem mais ninguém invicto. Este ano está todo mundo em condição de igualdade, embora a gente está muito distante do objetivo final, que é de classificação  natural, ir pra semifinal. O determinante vai ser cada equipe avalizar bem seus resultados, quando ganham manter a tranquilidade e quando perdem conseguir avaliar bem o motivo da derrota” .

Cigano – Atlântico/Erechim (RS)

“Para mim, a LNF está muito bem tecnicamente ta muito forte. Com as equipes bem treinadas, com muita marcação. Está muito mais competitiva do que o ano passado”.

João Carlos Barbosa – CAD Poker/Guarapuava (PR)

“A gente não vem nenhuma equipe disparada. Nesta edição, a LNG está muito equilibrada, e todas as equipes têm condições, ao meu ponto de ver”.

 Cidão – ADC Intelli/Orlândia (SP)

“Sobre a parte técnica da Liga, o que podemos dizer, como já era esperado, pelo menos por mim, a intensidade dos jogos tem sido muito acentuada, um nível muito alto de marcação e evidente também um processo de renovação que tem passado os clubes até pelo fator de economia, obrigatoriamente você tem que utilizar jogadores mais novos e isso chega a ser um ponto positivo pro futsal e tem tido gratas revelações.

Em relação à arbitragem, de ser um árbitro neutro é muito boa ideia, até agora tem funcionado muito bem e espero que isso continue e quando o dinheiro melhorar que possamos ter dois árbitros neutros assim. Tira muito o peso daquela questão do árbitro da região e eu achei muito interessante e tem funcionado bem. De resto, o que estou mais satisfeito é ver a renovação obrigatória, mas que está acontecendo de aparecer jogadores novos e de boa qualidade.”

Fotos: Juninho (Divulgação) / Athiê Melo (Thiago Aguiar) / Marquinhos Xavier (Ulisses Castro)