Terminada a última partida oficial de Falcão pela seleção brasileira é hora de virar a página e pensar na nova realidade. No próximo mês, o time verde-amarelo embarca para a Argentina onde disputa a Copa América – a data do torneio ainda não foi definida. Para a competição, o técnico PC Oliveira deverá utilizar a mesma base da vitória por 3 a 2 sobre a Colômbia. O grupo convocado contava com jovens valores como Marcel, Leandro Lino, Rocha e Neguinho e alguns nomes experientes como o pivô Deives e os goleiros Tiago e Guitta, ambos com experiência de Mundiais.

André Durão

– É essa a equipe que deve ir para a Copa América, a gente precisa fazer o que precisa ser feito, preparar a seleção para 2020, mas já pensar em 2024. Com a retirada do Falcão, teremos um processo mais difícil e doloroso. Temos que olhar para os mais jovens e para os que estão se destacando nos clubes e querendo jogar pela seleção brasileira – afirmou PC.

Companheiro de Falcão no Sorocaba e goleiro titular da seleção nos Mundiais de 2008, 2012 e 2016, Tiago ressalta que o camisa 12 é insubstituivel. Apesar de reconhecer o talento da nova geração de jogadores que está servindo à seleção, o camisa 2 acredita que é hora de dar mais ênfase ao jogo coletivo.

– É uma grande perda para a seleção. Agora a gente tem que buscar não um substituto para o Falcão e sim uma força a mais na coletividade. Vai ser um trabalho árduo conseguir fazer isso. Essa é a hora de testar as peças que ele (PC) acha ter condições de representar o Brasil daqui a três anos e meio. Confio no trabalho do PC e entendo que ele está testando diversos jogadores para ver quem se encaixa no coletivo que ele almeja – analisou.

André Durão

Eleito o melhor jogador da Liga Nacional de Futsal do ano passado, o pivô Deives acredita que Falcão ainda poderá ajudar a seleção brasileira do lado de fora. Campeão da Supercopa pelo Carlos Barbosa no último sábado, o “Baixinho Bom de Bola” foi colega de clube de Falcão no Santos, em 2011, e no Orlândia, em 2012, quando conquistaram o título da LNF nas duas oportunidades.

– O Falcão é o maior gênio da história do futsal, ele fez coisas que ninguém conseguiu fazer e deixou um legado enorme para o esporte. Ele vai fazer muita falta dentro de quadra, mas de repente ele pode ajudar fora. Jogamos juntos no Santos e Orlândia, sempre conversamos e lembramos dos momentos juntos. Me sinto honrado de poder falar para os meus filhos que joguei com ele – disse.

André Durão