Quem vê o sorriso quase sempre estampado no rosto do último artilheiro da Liga Nacional de Futsal (LNF), o pivô Dieguinho, não imagina as dificuldades que o jogador passou quando ainda sonhava em ser atleta profissional. Dispensado pelo Atlético Mineiro – quando ainda tentava a sorte no futebol de campo – sem muita explicação, o garoto de Belo Horizonte teve que superar a desconfiança de muitos por conta de seu porte físico para poder brilhar nas quadras.

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Apesar de sempre demonstrar uma habilidade fora do comum, o pequeno “Pelézinho”, como Dieguinho era conhecido quando garoto, tinha sempre seu futuro colocado em dúvida já que era muito menor e mais fraco que seus companheiros de grupo – tanto que foi dispensado do time de campo do Atlético Mineiro, dentre outros motivos, por acharem que não se desenvolveria fisicamente para aguentar as trombadas dos zagueiros.

– Eu fiz alguns trabalhos no clube para tentar ganhar massa muscular e ficar mais forte, pois eu era muito pequeno e magrinho. Me fizeram comer um monte de coisa, mas eu não conseguia. Foi uma das razões pelas quais eu fui para o futsal – revelou o jogador.

Quem acompanhou todo esse processo de Dieguinho foi o Supervisor do Minas Tênis Clube, Luiz Henrique Taveira. Segundo o dirigente, apesar de franzino, o jogador sempre se mostrou diferente dos outros garotos.

– O Dieguinho sempre foi acima da média em relação aos meninos da mesma idade mesmo sendo menor. No futsal conseguimos fazer um trabalho de fortalecimento muito bom e ele desenvolveu bastante, tanto fisicamente quanto dentro de quadra – disse Taveira.

A luta de Dieguinho com o corpo durou cerca de quatro anos. Após muitas visitas ao nutricionista e vários exames para apontar o porquê do não desenvolvimento corporal, apenas aos 17 anos o jogador conseguiu chegar no nível de seus companheiros de equipe.

16.02_dieguinho_intelli_3– Fui muitas vezes ao endocrinologista, ao nutricionista… Esse período foi muito difícil pra mim. Fiz diversos exames e tentamos todos os tipos de acompanhamentos profissionais, mas só de 17 para 18 anos que tive um desenvolvimento legal – disse o artilheiro que hoje não foge de uma dividida.

– Hoje é pau para todo lado (risos). Pode vir beque grande, pequeno, que vou dividindo e fazendo o meu melhor. Hoje consigo encarar qualquer um de igual para igual – brincou o jogador que foi o artilheiro da última Liga Futsal com 30 gols.

Notícia e Imagem: Site Oficial Intelli