O vestiário de qualquer time de esporte coletivo se iguala em um determinado momento. Em circunstâncias decisivas, em situações de dificuldade, de busca de conforto ou de um algo a mais dos companheiros, é no capitão do grupo que as atenções se voltam. Dele é esperado o norte, na hora em que a coisa é para valer. No caso dos finalistas da LNF 2021, os experientes Rodrigo e Carlão, do Magnus e do Cascavel respectivamente, terão essa missão.

Abel da Banca

Rodrigo marcou um dos gols do Magnus na vitória sobre o Foz Cataratas. Foto: Abel da Banca

“A motivação vem de você provar que ainda tá em alto rendimento. Para o nosso investidor, que é um dos maiores investidores do Brasil e nos patrocina. E ginásio lotado, decisão, não tem idade e nem preço que pague. Essa é minha motivação. Fazer o que amo. Tenho muita lenha para queimar e vamos com tudo para seguir fazendo história”, projeta Rodrigo.

O “capita”, como é conhecido o fixo artilheiro, tenta levar os paulistas para a terceira final consecutiva de Liga Nacional de Futsal. Há anos no Magnus, ele terá pela frente alguém com sede de um título inédito. Desde 2019 no time paranaense, o também fixo Carlão, conserva a serenidade após uma classificação emblemática contra a hexacampeã ACBF na casa do adversário.

Ulisses Castro

Carlão fez um dos gols do Cascavel na partida contra a ACBF. Foto: Ulisses Castro

“Realmente é uma felicidade enorme. A recompensa de um trabalho diário árduo, mas não é surpresa pra nós. Almejávamos isso, trabalhamos no dia a dia nessa pauta. Chegar à final da LNF. Tínhamos totais condições e provamos. Estamos felizes, mas não surpresos. Não ganhamos nada de graça. Não à toa fomos a segunda melhor campanha na primeira fase e mantivemos o nível nos Playoffs.”

Serão dois jogos eletrizantes que, pela trajetória coletiva e individual dos dois times, promete muito equilíbrio. Um duelo que engrandece a competição. Em lados opostos, os experientes jogadores tendem a lidar melhor diante de situações adversas. Por isso, seus discursos e apontamentos ganham maior peso dias antes da aguardada final. Para o camisa 27 do Cascavel não é o fato de ser tudo ou nada agora que deve mudar o que vem dando certo.

“Não temos que alterar nossa característica e identidade. Trabalho intenso que nos trouxe até aqui. Temos que jogar da mesma forma e que confiamos colher os frutos pelo que trabalhamos diariamente,” garante. Para Rodrigo, não é muito diferente o cenário.

“Eles vêm de um grande ano, chegando em todas as competições. Tem um bom elenco e um grande trabalho do Cassiano. Sabemos que decidir fora de casa será difícil, mas estamos acostumados também. Final é diferente, envolve muita coisa. Passa também pelo primeiro jogo em casa. Quem ganha é o futsal”, encerra o camisa 14, que ergueu a taça de 2020.

Magnus e Cascavel iniciam a disputa do título no dia 12, em Sorocaba. A finalíssima está marcada para o dia 19, em Cascavel. Por ter melhor retrospecto, dois resultados iguais nas partidas, somado a nova igualdade em eventual prorrogação, dará o título aos paranaenses.