Ruptura do ligamento cruzamento anterior. Uma lesão que, nos últimos anos, passou a ser cada vez mais frequente no mundo esportivo. Atletas de diversas modalidades precisaram ficar afastados de suas atividades por conta da lesão que leva profissionais às lágrimas. Não é apenas a dor, mas também o fato de saber que a estrada será longa até o tão esperado retorno ao esporte. Cirurgia, fisioterapia, remédios, dores, dúvidas, medo. Independentemente de títulos ou experiência, tudo isso faz parte do longo processo de recuperação de um atleta. Vários sofreram com a ruptura do ligamento cruzado anterior, batalharam e conseguiram retornar em grande estilo. E quem vai fazer desse grupo é o fixo Pequeno, do Supermercados BH/Minas. Confiante, ele trabalha diariamente ao lado do fisioterapeuta Silvanio Signoretti para voltar a defender o time minastenista.

Há quase um mês, Pequeno e os demais jogadores do Supermercados BH/Minas participavam de um treino na Arena Minas Tênis Clube. Depois dos minutos iniciais dedicados ao aquecimento da equipe, o técnico Paulo César Cardoso começou a orientar o time em uma atividade tática contra o time Sub-20 do Minas. Foi em um lance comum em partidas de futsal que Pequeno sofreu a lesão mais grave da carreira. Em uma disputa de bola com o adversário, o camisa 10 levou a pior. “Foi a primeira vez que eu tive ruptura de ligamento. Foi um lance muito rápido, a bola estava indo para um lado, bateu em um jogador e voltou. Quando eu virei, o menino do Sub-20 veio para chutar, e eu tive a reação de travar a bola. Nisso, o meu joelho não estava esticado. Com a força que ele veio, acabou rompendo o ligamento. Foi uma dor muito forte, no meu joelho inteiro. Eu já caí chorando”, lembra o jogador.

O fixo sabia que a situação era séria. Ainda no chão, Pequeno recebeu os primeiros atendimentos de Silvanio Signoretti, fisioterapeuta do Minas Tênis Clube. “A lesão dele aconteceu em um lance de trauma, não foi uma entorse, que é um lance comum de acontecer. Ele foi dividir uma bola, não estava com o joelho todo estendido. Devido ao trauma, gerou uma hiperextensão e a ruptura do ligamento. Fiz o teste clínico na hora, que apontou a ruptura do ligamento cruzado”, conta Silvanio.

Antes da cirurgia

29.04_pequeno_minas_4O ligamento cruzado anterior (LCA) tem a função de impedir a excessiva anteriorização da tíbia em relação ao fêmur. Justamente por isso, o tempo de recuperação é longo. Segundo o fisioterapeuta minastenista, são seis meses de trabalho para reabilitar um jogador que teve a lesão. O tratamento adequado começa bem antes da cirurgia. “Começamos a fazer a fisioterapia pré-operatória, um trabalho de fortalecimento muscular, para que Pequeno tivesse o mínimo de perda muscular possível após a cirurgia. Conseguimos marcar a cirurgia com rapidez. A lesão foi no sábado, na quarta-feira ele foi operado. Ele está com duas semanas de pós-operatório. Em atletas de alto rendimento, é comum fazer esse tipo de tratamento pré-operatório. Fazemos isso para que, no retorno da cirurgia, o atleta tenha o mínimo de perda de massa muscular e a evolução clínica dele seja melhor”.

Pequeno revela que a parte psicológica do jogador também sofre um impacto com a lesão. “A cabeça do jogador fica horrível. Eu fiquei muito chateado, porque eu vinha em um momento muito bom, o começo do ano foi muito diferente dos outros anos. Graças a Deus, eu estava muito bem. Então, foi um choque para mim, foi muito difícil aceitar essa lesão. A ficha só caiu quando eu tive o resultado da ressonância”.

Silvanio Signoretti lembra que é necessário respeitar os limites do atleta na fase pré-cirúrgica. “Antes da cirúrgica, a gente trabalha dentro daquilo que ele permite. A gente não coloca o atleta para fazer trabalho de musculação, porque ele está limitado fisicamente, com dor. Então, eu trabalho sempre protegendo o joelho dele, mas sem deixar de ativar a musculatura. Isso é muito importante. Na última avaliação que fizemos do Pequeno, ele estava com uma diferença de menos de um centímetro de uma perna para a outra. Ele teve uma perda de força, mas, em termos de volume, a diferença é muito pouca”.

Tecnologia

Passada a cirurgia, uma nova fase na reabilitação de Pequeno começou. E o jogador está contando com a tecnologia na recuperação. Com o auxílio de um aparelho chamado Game Ready, que trata o local lesionado com crioterapia e compressão, o jogador minastenista está apresentando uma grande evolução, mesmo com poucos dias de operado. “É um equipamento que o Clube e o departamento de futsal conseguiram para o atleta. Hoje, na fisioterapia esportiva, é um equipamento utilizado apenas pelos clubes de alto nível. O nome dele é Game Ready, um aparelho que realiza compressão com crioterapia. O Pequeno vai utilizar ele até esta sexta-feira (29/4), totalizando 15 dias de tratamento. É um aparelho de tecnologia altíssima, que possibilitou a regressão do quadro inflamatório do joelho dele de forma muito rápida e, por isso, ele não está precisando tomar nenhum medicamento. Se não estivesse com o Game Ready, seria muito provável a indicação de anti-inflamatório, medicamentos para alívio de dor. O aparelho fez uma diferença absurda no tratamento dele. Quando você passa por uma cirurgia, ela gera um processo inflamatório. No início, a gente encostava na perna dele e sentia um calor absurdo, parecia que ele estava com febre, mas isso acontecia devido a um processo inflamatório normal de pós-operatório. Com a utilização do aparelho, que ele usou, em média, cinco vezes por dia, mas com um intervalo mínimo de uma hora, o quadro clínico dele evoluiu bastante”, disse Silvanio.

Pequeno não tem dúvidas a respeito da qualidade do Game Ready. “Eu senti uma diferença muito grande, você sente a diferença na hora. O meu joelho não ficou inchado”.

29.04_pequeno_minas_5O fisioterapeuta minastenista tem certeza de que Pequeno irá voltar em grande estilo. “Aos poucos, o trabalho de recuperação dele vai aumentando. A previsão é que a gente faça a primeira avaliação isocinética dele em quatro meses. E essa é uma avaliação que pouquíssimos clubes têm. Se não tivermos nenhum problema no trajeto, ele estará liberado dentro de seis meses. Pela evolução dele, vai voltar a jogar em altíssimo rendimento e ter uma carreira vitoriosa”, concluiu.

Notícia: Assessoria de Imprensa Minas
Imagens: Orlando Bento