Rússia e Portugal sempre estiveram entre os favoritos para a Copa do Mundo de Futsal. O Irã, que eliminou o Brasil, já é tratado nos últimos anos como um dos times mais talentosos da modalidade. Por isso, a presença desse trio entre os semifinalistas do Mundial não foi surpreendente.

O mesmo não se pode dizer da Argentina.

FIFA

A seleção sul-americana, que está invicta até o momento, enfrenta Portugal nesta quarta-feira, às 21h, por uma vaga na final, feito que representaria ainda mais a evolução do futsal no país. Evolução essa que, segundo o técnico Diego Giustozzi, começou graças aos clubes.

“A evolução começou com seriedade de muitos clubes, como Kimberley, Boca Juniors e River Plate. Esses clubes começaram fazer trabalho profissional, e a pedir para a liga fazer uma competição mais profissional. Agora temos Copa Argentina, teremos playoff esse ano. Países como Brasil, Espanha, trabalham bem faz muito tempo. Nós estamos começando”, disse Giustozzi ao ESPN.com.br.

No elenco que está na Colômbia, seis jogadores jogam no futsal argentino, enquanto oito estão na Europa. São dois atletas do Boca Juniors, um do San Lorenzo, um do Kimberley, um do Barracas e um do Hebraica.

Apesar da evolução, a Argentina ainda não tem uma liga nacional. Cada província tem sua própria liga, sendo que a maior é a de Buenos Aires.

Giustozzi também destacou o olhar da Federação e dos profissionais para as categorias de base. Segundo o técnico, isso fará com que o futuro do país seja promissor na modalidade.

“Estamos com um trabalho muito importante com os garotos. Temos seleção sub-17, sub-20, os garotos treinam com seleção duas vezes por semana, oito meses por ano. Para nós é muito importante trabalhar com meninos. Estamos trabalhando forte para que a Argentina seja uma potência mundial daqui a 8, 10 anos,” concluiu o comandante.