Títulos. Essa é a palavra que todo atleta almeja ter no currículo. Quando as conquistas vêm das principais competições da modalidade, vira um sonho quase inalcançável, menos para alguns brasileiros, como o ala Ari.

Campeão da Liga Russa de Futsal no início do mês de junho, Ari é apenas o segundo atleta a conseguir o feito de conquistar as três principais Ligas do futsal Mundial: Brasil, Espanha e Rússia. Antes dele apenas o ex-capitão da Seleção, Vínicius Teixeira, havia conseguido o feito.

“Fico muito feliz por essas conquistas. Cada uma tem um sabor especial, ainda mais atingindo esse feito. Sou apenas o segundo a ganhar as três principais ligas do mundo. Quatro vezes no Brasil (2x Ulbra e 2x Malwee), três na Espanha (Barcelona) e essa na Rússia (Dynamo)”, diz Ari.

Cada troféu teve um gostinho diferente, momentos que ficaram guardados na memória. Ari começou a colecionar títulos ainda na primeira temporada de adulto, quando foi campeão vestindo a camisa da já extinta Ulbra, do Rio Grande do Sul. Depois foram só emoções.

“As conquistas têm suas peculiaridades. Na Ulbra tinha uma estrutura espetacular e era muito novo quando ganhei minha primeira Liga, estava com apenas 20 anos. Depois, em 2003, ganhei minha segunda vez, com muitos companheiros que jogaram comigo na base. A sequência foi com a Malwee e especial pela cidade de Jaraguá, que respira futsal. Ter ganho esses títulos foi memorável. Na Espanha conquistei os três títulos com o Barcelona, que nem precisa comentar muito pois considero o melhor clube do mundo. Ganhar com a camisa do Barcelona já diz muito pela grandeza da equipe. E agora, esta última, com o Dynamo. Especial por ser meu primeiro ano no clube e que fez a equipe voltar a vencer o campeonato após dois anos de jejum”, explica.

Estrela brilhando

As conquistas de Ari não ficaram apenas a nível de clubes. Ele já conquistou basicamente tudo possível com todas as camisas que vestiu, inclusive com a Seleção Brasileira. Ari é bicampeão mundial, estando presente nos triunfos de 2012 e 2008. Para quem pensa que o ala está satisfeito, aí é que se engana.

“Sou afortunado de ter ganho todos os campeonatos possíveis que existem por onde passei. Acho que ainda tenho um pouco de lenha para queimar. Quando não se tem ambição de conquistar mais coisas, chegou o momento de parar, mas continuo em plena forma, com sede de ganhar títulos. Agora o foco será o Mundial de clubes com o Dynamo e, claro, a expectativa para a Copa do Mundo. Se estiver na lista de convocados, será meu terceiro Mundial e vou batalhar como nunca para vencer mais uma vez”, afirma.

Com duas Copas do Mundo no currículo, Ari vive a ansiedade de estar em mais uma, em setembro, na Colômbia. O ala foi convocado por Serginho Schiochet para um período de treinos no mês de julho e está na disputa por uma das vagas. Ele acredita que a próxima competição será uma das mais difíceis dos últimos anos, por conta da evolução dos adversários, e aponta quem pode aparecer como destaque.

“Esse Mundial será muito equilibrado, as seleções estão muito iguais. Já deu para notar uma melhoria no continente Sul-Americano, quando disputamos as Eliminatórias no início do ano e, vendo o Europeu, também mostrou que os países estão trabalhando forte na modalidade. Não posso dizer em surpresa, mas no continente Sul-Americano apontaria a Argentina, que foi a Seleção que mais evoluiu nos últimos anos. No lado europeu tem o Cazaquistão, que surpreendeu não só o trabalho de Seleção, mas também em clubes, como o Kairat. Eles possuem muitos brasileiros e podem chegar longe no próximo Mundial”, pontua.

Notícia: Assessoria de Imprensa CBFS
Imagem: Luis Domingues