A barba com tons grisalhos indica os 41 anos de idade do paranaense Luís Bonifácio Júnior. A satisfação por fazer o que mais gosta em alto nível reflete o que Boni, da Assoeva, sente pelo futsal há tanto tempo. Uma carreira extensa e sem data para o fim é o que garante o jogador.

Nesse bate papo conosco, o fixo artilheiro lança mão de um ditado gaúcho para avisar que na Super Rodada da LNF 2021, no mês de outubro, a classificação é possível: “Não está morto quem peleia”, garante.

Eliel Hammes

Boni é o artilheiro da Assoeva na LNF 2021. Foto: Eliel Hammes

Como foi o seu início no futsal?

Meu início no futsal foi aos 16 anos, na minha cidade Maringá-PR. Eu era praticante de handebol, mas o futebol/futsal sempre esteve no sangue e dentro de casa pois meu pai foi jogador profissional, e aos 16 anos fui convidado a fazer um teste de futsal pelo treinador Amorim. Acabei passando e desde então trabalhei duro para me tornar atleta, vivendo somente do futsal. Sou formado em educação física graças ao meu falecido pai, que sempre me abriu os olhos mostrando a realidade do esporte.

Até quando você imagina atuar no nível atual?

Não posso te dizer uma data pois desde 2017 estou dizendo que vou parar e não consigo. O lado competitivo e o amor à modalidade sempre me fazem continuar e, sabendo da minha idade e das minhas limitações, sei que o cuidado com o meu corpo é diário, mas, mesmo assim, continuo trabalhando e passando um pouco da minha experiência para os atletas mais jovens que estão iniciando no futsal.

A última rodada promete grandes emoções. Em caso de classificação da Assoeva, qual a expectativa para os Playoffs?

Com certeza a última rodada será bastante tensa, ainda sonhamos com a vaga. Pecamos no meio da primeira fase e perdemos jogos importantes, dentro e fora de casa, com adversários diretos, o que nos deixou numa situação bastante delicada. Como se diz aqui no Sul “não está morto quem peleia”. Vamos atrás dessa chance que ainda temos e se for da vontade de Deus iremos classificar sim e aí nos Playoffs começa outro campeonato, disputa de dois jogos somente, onde tudo pode acontecer.

O que espera da Seleção Brasileira no Mundial?

No Mundial a expectativa é enorme. Temos os melhores atletas e a melhor comissão técnica. A mescla de jovens atletas com os “medalhões” tem tudo para dar certo pois são jogadores vencedores e honram sempre o nosso país. Minha torcida é por todos trabalhei, com o goleiro Djony e o fixo Marlon, e desejo sorte a eles. Mas temos jogadores muito importantes dentro de quadra, como o capitão Rodrigo, pivô Ferrão (melhor do mundo). Então, tem tudo para que o futsal consiga ser campeão e que com esse título possa melhorar ainda mais nossa modalidade dentro do nosso país.

Sétima colocada no grupo B com 11 pontos, a Assoeva entra na última rodada com a obrigação de vencer se quiser ir adiante na LNF. E o desafio será fora de casa, em um clássico gaúcho diante do Atlântico, em Erechim, no dia nove de outubro.