A Ponte Preta repostou nas redes sociais nesta quinta-feira uma mensagem do fixo Rodrigo. Em um primeiro momento, a interação surpreende. O que a Macaca teria a ver com o capitão da seleção brasileira de futsal e do Magnus?

É que o próprio “Capita”, como é conhecido no meio, se declarou à Ponte quando foi perguntado por um seguidor para qual time de futebol torcia.

Redes Sociais

Rodrigo se declara à Ponte nas redes sociais. Foto: Redes Sociais

O GloboEsporte.com conversou com Rodrigo para saber como surgiu a paixão pela Macaca. Uma dica é que ele é nascido e criado em Campinas. A outra está na foto abaixo:

Arquivo Pessoal

Rodrigo ao lado do pai em um jogo no Majestoso. Foto: Arquivo Pessoal

– A paixão vem de casa. Meu pai é pontepretano fanático, foi um dos fundadores da Torcida Jovem, seguia a Ponte para todo o canto quando era mais novo. Foi dele que vieram a paixão e o carinho pela Ponte Preta.

Como todo menino, ele tinha o sonho de jogar pelo clube de coração. Mas daquelas ironias do destino, teve mais chance no rival Guarani do que na Ponte quando ainda tentava a carreira nos gramados.

– O curioso é que eu joguei na base do Guarani desde os seis, sete anos. Meu pai, mesmo pontepretano roxo, era sócio do Guarani. Era comum isso naquela época. Fui dispensado do Guarani com 14, 15 anos, tentei algo na Ponte, mas também não deu certo.

Guilherme Mansueto

Rodrigo é referência no futsal brasileiro. Foto: Guilherme Mansueto

Rodrigo também lembra de um jogo marcante que acompanhou nas arquibancadas como torcedor:

– Foi em 2002, no campo do Guarani, aquele jogo que deu toda a confusão, a Ponte ganhou de virada e quebrou o tabu. E o engraçado é que em casa eu e meu pai somos Ponte e meu irmão é bugrino doente. Então sempre dá confusão em dérbi (risos). Depois, quando comecei a jogar futsal, fico na estrada direto, aí é mais difícil ir ao estádio, mas estou sempre ligado na TV, acompanhando a Macaca e sofrendo.

De alguma maneira, o futsal manteve Rodrigo ligado à Ponte:

– Eu sempre acompanhei o Fábio Luciano e o Washington pela Ponte e depois o futsal me proporcionou a chance de ficar amigos desses caras. O Roger, nosso atual capitão, também joguei muito tempo futsal com ele, tenho um carinho enorme. Fico feliz de estar representando a Ponte de alguma maneira.

Aos 36 anos e consolidado no futsal (foi campeão mundial pelo Brasil em 2012 e tricampeão mundial pelo Magnus), Rodrigo sabe que não é mais possível defender a Ponte nos gramados, mas não descarta realizar o sonho de vestir a camisa alvinegra na modalidade em que é referência. E faz até uma sugestão ao presidente Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho.

– Imagina jogar um jogo na zaga da Ponte? Seria um sonho, mas sei que não dá. Tenho 36 anos, um esporte totalmente diferente. Mas eu sonho, sim, quem sabe a Ponte fazer um time de futsal, jogar a Liga Nacional. A Ponte já teve outros esportes, como o basquete, que foi campeã do mundo. Quem sabe o presidente não dá uma olhada para o futsal. A brecha está dada: se a Ponte fizer um time, estou de braços abertos para fazer o projeto em Campinas.

Em 2002, Ponte Preta faz 4 a 2 no Guarani em pleno Brinco de Our. Confira AQUI