Em vídeo publicado nas redes sociais, o jogador Poletto de 31 anos revelou que ele e sua família estão sendo alvos de preconceito na cidade de Garibaldi (RS), onde o atleta acabou sendo o primeiro caso confirmado da doença.

“Eu pensei que esse coronavírus seria um problema pra mim. Seria e está sendo um problema. Mas o maior deles está sendo o preconceito e o julgamento que as pessoas estão fazendo não só de mim, mas da minha família”, disse.

Jogador do Kaos/Mantova Calcio A5, da cidade de Mantova, na Itália, Poletto voltou ao Brasil no dia 11 de março, ao lado da esposa e os dois filhos. Desde então, a família está em isolamento seguindo o protocolo da secretaria de saúde de Garibaldi. Porém, circulam em grupos de WhatsApp da cidade boatos que o pivô saiu de casa e participou de confraternizações nesse período.

Foto divulgação

Poletto em jogo do time italiano. Foto: Foto divulgação

“Está girando que eu paguei churrasco para 30 amigos meus, que eu joguei uma partida de futebol de campo, que a minha esposa estava internada no hospital. Não teve nada disso”, declarou.“Esses áudios sobre mim, nem são crianças, são pais de família, pessoas que têm filhos. Quando falam dos meus filhos eu fico até emocionado, porque são dias que eu não posso dar um abraço na minha neném, no meu filho. Estou dentro de casa, mas distante deles. Isso é o pior. Mas eu tenho fé em Deus que isso vai passar”, completa.

Poletto ainda garantiu estar bem de saúde e sem nenhum sintoma, assim como todos os familiares. O pivô deixou o aurinegro em junho do ano passado para jogar no Feldi Éboli, que disputa a principal divisão do futsal italiano. Antes, havia passado pelo clube jaraguaense nas temporadas 2014, 2015, 2016 e 2018, conquistando os títulos da Taça Brasil, Campeonato Catarinense, Supercopa dos Campeões e Copa Três Coroas, além de um vice da Libertadores.