A Seleção Nacional de futsal cumpre, este domingo, o seu quarto dia de trabalhos tendo em vista a sua preparação para o Campeonato da Europa Países Baixos 2022, que se disputa entre os dias 19 de janeiro e 6 de fevereiro, nas cidades de Amesterdão e Groningen.

A Equipe das Quinas completa este domingo sete treinos desde que se concentrou, na quinta-feira, e gozará de uma folga antes de voltar a concentrar-se no dia 11 (terça-feira), pelas 12h30, novamente no Centro de Estágios e Formação Desportiva de Rio Maior. Para os dias 13 e 14 estão agendadas as partidas de preparação diante da Macedónia do Norte e a viagem para os Países Baixos está agendada para o próximo domingo (dia 16). O primeiro jogo de Portugal está agendado para o dia 19 de janeiro, diante da Sérvia.

Cardinal trabalha condicionado devido a uma lombalgia, Bruno Coelho e Zicky, com Covid, deverão integrar os trabalhos no decorrer da próxima semana. O treino desta tarde foi antecipado para as 17h00.

Futsal – Seleção A

Erick estreou-se nas convocatórias da Seleção A para os primeiros jogos da Equipa das Quinas após a conquista do Euro-2018. Desde então soma 41 jogos de Quinas ao peito e é um dos 12 jogadores convocados que foi campeão do Mundo na Lituânia em 2021. O universal destaca a sua experiência no Mundial como uma vantagem para encarar esta sua primeira participação num Campeonato da Europa.

“Sinto-me com a mesma responsabilidade, a mesma ambição e com a vantagem de já ter jogado um Mundial há tão pouco tempo – ainda está muito fresco na ideia – e isso pode ser uma vantagem.” Esta vantagem é extensível a toda a equipa, sublinha o jogador de 26 anos.

“Não termos de estar a trabalhar outra vez quase do zero os processos, porque estivemos juntos há muito pouco tempo, pode ser uma grande vantagem para nós.”

O conjunto luso disputa o Euro-2022 como detentor do troféu e como campeão do Mundo. No entanto, este estatuto não pode colocar a Equipa das Quinas como favorito, conforme explica Erick.

“Portugal é um dos candidatos… Sabemos das nossas capacidades. Sabemos o que já conquistámos, mas, tal como nós, existem outros candidatos fortes a ganhar.”

A Sérvia é o primeiro adversário da Equipa das Quinas no Europeu – uma seleção que Erick conhece bem por ter jogado diante dela nos oitavos de final do Mundial e, também, porque foi diante desta equipa que se estreou ao serviço da Seleção A.

“[A Sérvia] É uma equipa com competência e habituada a grandes palcos. Também já nos conhecem bem. Foi uma equipa que nos deu muito trabalho no Mundial e agora vai dar-nos trabalho também.”

Pelo seu historial recente, a formação comandada por Jorge Braz é cada vez mais uma equipa a que todos querem ganhar ou, como defende Erick, evitar.

“Eu quero acreditar e acho que, pelo que já ganhámos, que as equipas não querem jogar contra nós, ou querem evitar-nos mais. Isso acarreta responsabilidade. Sei que nos receiam, mas também que nos querem muito ganhar. Obviamente que eu acho que procuram mais evitar-nos do que nos ganhar.”

Dos 14 jogadores convocados para o Euro-2022, metade esteve presente na conquista do Euro-2018. O fpf.pt quis saber o que que esses sete jogadores lhe transmitiram da experiência.

“O Europeu [de 2018] foi a grande conquista e o grande passo para esta seleção dar o clique. Foi quando se percebeu que nós éramos de topo mundial. Se metade da equipa não esteve presente [na Eslovénia], em contrapartida 90 por cento da equipa esteve no Mundial e também o ganhou. Acho que a grande experiência que se viveu no Europeu tem a ver muito com o espírito de união que se criou e esses lados foram transportados, sem dúvida nenhuma, para o Mundial. Essa foi a maior experiência que nos transmitiram.”