“…Às vezes a felicidade demora a chegar… Aí é que a gente não pode deixar de sonhar…” Um trecho da música “Tá escrito”, do compositor Xande de Pilares, precisaria de uma adaptação para explicar a carreira de Valdin. O ala da Assoeva só não está em atividade, literalmente, aos 41 anos de idade, devido a parada imposta pela pandemia. No entanto, a espera por voltar a jogar e ser feliz novamente está perto do fim. Essa sensação de realizar o que mais gosta, o cearense de Fortaleza, sente faz muito tempo, o que não impede de sonhar com o que ainda está por vir.

“Que Deus possa me permitir ter sempre saúde, para nós todos, e que meu filho se torne um grande jogador”, é o que sonha o veterano. Valdin rodou por mais de dez equipes no futsal brasileiro. No currículo, além de várias cores, inúmeros títulos e recordes. Um deles, vestindo a amarelinha da Seleção Brasileira em uma partida contra o Timor Leste, na China. Foram 20 gols marcados na vitória de incríveis 76 a 0 em 2006.

Fã de cavaquinho e samba, Romário e peixe, Ronaldo e Falcão, Valdin tem muita história para contar quando olha para trás, do alto de seu 1,68m de altura. Este ano irá disputar mais uma Liga Nacional e, com certeza, será uma competição diferente pela expectativa que cerca o campeonato e a retomada das atividades. Até lá, o persistente jogador, firme e forte como todo cearense desbravador, estará pronto para o novo desafio, pois tudo o que plantou quase duas décadas atrás, ainda está em época de colheita.

Curiosidades de Valdin

Cidade que nasceu: Fortaleza/CE

Lugar mais bonito que visitou: Macau, na China. Esse lugar é uma ilha, tudo que você imagina de bonito tem por lá. É onde existem os melhores cassinos da região, se fala o português e foi onde fiz o maior número de gols em uma partida: 20.

Estilo de música: Samba e sertanejo. Música favorita é “Tá escrito”, e as bandas que mais gosto são Raça Negra e Revelação.

Comida favorita: Peixe, e de preferência junto com a família na minha casa.

Hobby: Tocar cavaquinho. Como gosto de samba, comprei para aprender e estou até hoje. Já faz 15 anos. Quando fui comprar o cavaco tinha um amigo meu que tocava violão, aí ele queria que eu comprasse um violão junto com ele, só que como gostava de pagode acabei comprando o cavaco. Em tempos de pandemia tenho procurado ficar com a família e nessa quarentena estudando muito também. Faço Ed. Física à distância.

Melhor jogo da carreira: Separo dois. A Final da Liga Futsal em 2005 e Brasil x Rússia, final do Grand Prix, pois tive a alegria demais nesses dois momentos. Brasil x Rússia foi quando eu estava no meu melhor momento da carreira e ganhar contra uma forte equipe tem gosto especial.

Jogo para esquecer: Na Liga Futsal em 2010, Joinville x Botafogo, quando machuquei o joelho.

Título mais importante que conquistou: Em 2005 a Liga Futsal, e o Pan-Americano 2007. Esse da Liga 2005 foi porque foi meu primeiro título da LNF, e pelo momento da carreira, pois tinha sido convocado pela primeira vez aquele ano.

Ídolos: No esporte, Ronaldo Fenômeno e Romário. Romário e Ronaldo, desde criança cresci vendo-os na tv. Em 94, íamos depois dos jogos da copa jogar na rua. No futsal, Falcão. Eu me espelhava nesses caras. Falcão, além de ídolo, tive a felicidade de jogar com ele, quase 10 anos. Sonho realizado.

Sonhos de criança: era ser jogador de futebol, mas fui para o outro lado e sou feliz igual. Graças ao futsal conquistei tudo que tenho hoje.

Sonho atual: Que Deus possa me permitir ter sempre saúde e que meu filho se torne um grande jogador.