Passadas duas semanas dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, e a campanha #FutsalnasOlimpíadas não arrefece. Pelo menos é essa a expectativa de quem faz da modalidade a sua vida e alimenta esse sonho há bastante tempo. Neste mês, a LNF endossou o movimento que contou com o apoio dos clubes, de dirigentes, jogadores e comissões técnicas. Nomes de expressão na história do esporte dão eco a voz que clama em ver o jogo mais praticado no Brasil finalmente compondo o calendário do COI, o que já foi testado nos Jogos da Juventude.

Guilherme Mansueto

Ricardinho é o atual técnico campeão da LNF. Foto: Guilherme Mansueto

“Temos que parabenizar a LNF pela campanha e a #FutsalnasOlimpíadas. Está na hora do nosso esporte virar olímpico pois a modalidade só cresce. Sem as Olimpíadas, o futsal já é uma potência com empresas patrocinando, imagina a visibilidade com os Jogos Olímpicos como acontece com o vôlei, o basquete, enfim, teríamos muito mais investimento na formação de atletas da base. Temos que brigar pelo que a gente acredita e pelo que a gente quer. Agregando o futsal, com certeza, esse sonho sendo realizado, todo mundo tem a ganhar, principalmente os profissionais da área e vai melhorar para todo mundo”, afirma Ricardinho, treinador do Magnus, campeão da LNF na temporada passada.

À frente de um dos clubes de maior torcida no país, também vencedor da LNF e finalista em 2021, André Bié, treinador do Corinthians, pega carona na fala do colega e não deixa dúvida das consequências benéficas para o futsal, caso esse passo fosse dado no futuro.

Assessoria Corinthians

André Bié conquistou a LNF em 2016 com o Corinthians. Foto: Assessoria Corinthians

“A campanha é muito importante pois a presença do futsal nas Olimpíadas seria muito bom para o desenvolvimento da modalidade, aumentaria o investimento nos clubes e a captação de patrocínios. Surgiriam novas equipes, dando oportunidade para novos profissionais, gerando empregos e com um maior profissionalismo. Com certeza iria potencializar nossa modalidade para alcançar o patamar que merece estar”, garante.

Nos tempos atuais, o engajamento via redes sociais propicia que a mensagem em tom de apelo para quem organiza a maior competição esportiva do planeta chegue com força. Assim, com o apoio de muita gente, o que já foi uma frustração, ganha musculatura para aproximar o sonho da realidade.

Vitor Kortmann

Vander Iacovino foi campeão da LNF com o Joinville em 2017. Foto: Vitor Kortmann

“Vou ser bem sincero, todo pós Olimpíada, é essa comoção. Já escrevi texto sobre isso. Escuto desde 1992, que agora vai, quando vencemos o Mundial de Hong Kong pela FIFA. Não me iludo, mas espero que a força cada vez maior das mídias hoje, que é muito mais forte que no passado, possa causar algum impacto”, projeta Vander Iacovino, outro nome com dois títulos na história da LNF sendo treinador.

Jarico, que no passado também conquistou a LNF como treinador, hoje dirige o Pato e comentou sobre assunto: “Já faz muitos anos que pedimos o futsal nos jogos olímpicos e até hoje não se tem um parecer definitivo. A campanha foi ótima e precisamos manter ela de pé. Se o futsal fosse olímpico seria de uma valia muito grande pois é o esporte mais praticado no Brasil e se usa muito no processo de formação. Seria importante também para atrair mais investidores. Isso não tem preço e buscamos isso faz muito tempo. A cada Olimpíada temos a expectativa.”

Maurício Moreira

Jarico assumiu o Pato nesta temporada. Foto: Maurício Moreira

Não será em Paris em 2024 que o futsal dividirá as atenções com outros esportes. Até lá, há questões políticas a serem superadas, mesmo que a modalidade cumpra todos os requisitos do Comitê Olímpico. Enquanto isso, a #FutsalnasOlimpíadas não pode apagar assim como a pira olímpica durante o período de competição.