Faltam sete. Na contagem regressiva para o gol 400 com a camisa da seleção brasileira, Falcão balançou a rede duas vezes na goleada por 10 a 1 do Brasil sobre o Uruguai nesta terça-feira, em Brusque (SC), chegando a 393 tentos com a camisa amarelinha. O jogo marcou a estreia da equipe comandada por Marquinhos Xavier no Grand Prix Internacional, que tem também as participações de República Tcheca, Bélgica e Costa Rica. Além do camisa 12, marcaram para o Brasil: Dieguinho (três vezes), Jackson Samurai, Léo Santana, Ferrão, Daniel Japonês e Bruno. Xande descontou para os uruguaios.

Veja os gols!

Com a vitória, o Brasil terminou a rodada na liderança, com um gol a mais que a República Tcheca. Mais cedo, os tchecos derrotaram os belgas por 9 a 0. Nesta quarta, jogam Brasil x Costa Rica às 17h (com transmissão do SporTV2) e República Tcheca x Uruguai, às 19h15.

– Acho que o grande diferencial é a gente estar com a seleção absoluta aqui. Parecia que o jogo ia ser mais complicado, mas nós acabamos resolvendo. Para mim, eu tenho que estar provando sempre. Desde 2011 há um grupinho do futsal que quer me ver fora daqui. Esse tipo de cobrança só me motiva a estar cada vez melhor. Estou completando 20 anos de seleção e nunca deixei a peteca cair – afirmou Falcão.

Início eletrizante
A primeira chance da partida foi do Brasil. Após passe de Jackson Samurai, Ferrão concluiu de calcanhar, e o goleiro Mathias Fernández salvou o Uruguai aos dois minutos. Aos três, Ferrão retribuiu o passe, e Jackson Samurai não perdoou, fazendo 1 a 0. Aos cinco, Falcão entrou em quadra pela primeira vez. Dois minutos depois, o camisa 12 serviu Pito, que carimou a trave. Aos sete, Falcão bateu cruzado, Pito deu um leve desvio, e a bola foi morrer no fundo do gol. O árbitro deu o gol para o camisa 12.

Em desvantagem, o Uruguai passou a sair mais para o jogo, cedendo espaços preciosos à seleção brasileira. Aos onze, Pito avançou sozinho, mas errou a finalização ao tentar a cavadinha. Segundos depois, Dieguinho chutou da entrada da área, Mathias Fernández deu rebote, e Léo Santana apareceu para marcar o terceiro. Aos 12, o Uruguai conseguiu diminuir. O gol foi marcado pelo brasileiro naturalizado Xande, em cobrança de falta.

Após o gol uruguaio, o ritmo do jogo caiu, e os brasileiros só voltaram a assustar novamente a três minutos do intervalo, em chute de Jackson. A bola pegou na rede pelo lado de fora. Pouco depois, o técnico Diego D’Alessandro lançou Salgués como goleiro-linha na tentativa de imprensar o Brasil em sua quadra de defesa. Apesar da ofensividade do rival, o time canarinho se trancou na defesa, garantindo o placar parcial de 3 a 1.

O segundo tempo mal começou, e o Brasil já balançou a rede. Em jogada típica de pivô, Ferrão girou na entrada da área e soltou uma bomba, sem chances de defesa para Mathias Fernández. O Uruguai mal teve tempo de respirar. Aos dois minutos, Daniel Japonês finalizou da esquerda para marcar 5 a 1. Três minutos depois, Rodrigo teve a chance do sexto em cobrança de falta da entrada da área. Só que a bola chutada pelo Torpedo Humano resvalou no travessão, se perdendo pela linha de fundo.

Aos seis, Pito achou Dieguinho livre, e o pivô do Sporting Lisboa só teve o trabalho de empurrar a bola para a rede. Era o sexto gol brasileiro. Empolgado, Dieguinho também marcou o sétimo e o oitavo gols do Brasil, ambos em chutes de fora da área. Aos 11, Bruno aproveitou sobra de bola e fez 9 a 1. Faltava mais um dele. Depois de passar a maior parte do segundo tempo no banco de reservas, Falcão retornou à quadra a quatro minutos do fim. Aos 17, o camisa 12 soltou uma bomba para marcar o décimo e último gol, tento que colocou o Brasil na liderança do Grand Prix. Festa completa em Brusque.

Brasil: Guitta, Rodrigo, Daniel Japonês, Jackson Samurai e Ferrão. Entraram: Bruno, Leandro Lino, Léo Santana, Pito, Marcel, Willian, Falcão, Gadeia e Dieguinho. Técnico: Marquinhos Xavier.

Uruguai: Mathias Fernández, Xande, Custodio, Augustin Sosa e Salgués. Entraram: Bruschini, Laurino, Facundo Sosa, Daguerre, Tangari, Ordonqui e Varieti. Técnico: Diego D’Alessandro.