A cidade de Descanso, “onde todo mundo se conhece”, no oeste catarinense, tem oito mil habitantes. Três destes são goleiros e de uma mesma família. Sim, Henrique, destaque do Tubarão, herdou a posição dos pais, ambos também goleiros. Essa história e algumas outras, o jovem de 20 anos dividiu com o público na live semanal comandada por João Barreto, repórter da LNFTV e TV Nsports, nesta quinta-feira (05.06).

João Duarte

Goleiro Henrique durante o treino do Tubarão. Foto: João Duarte

“Sempre gostei de futebol. Meus pais são goleiros e fui criado indo em treinos e jogos. Com cinco anos jogava nas escolinhas da cidade. Eu jogava na linha, mas o exemplo deles me fez ir para o gol aos 12 anos. E desde lá só… sofrendo e tomando bolada (risos).”

Henrique iniciou a jogar bola aos cinco anos em escolinhas da cidade. Descoberto por um adversário, chegou ao Tubarão em 2016. A partir de 2018 se firmou no grupo profissional. Na LNF, participou efetivamente da campanha até a fase eliminatória da competição. Da Liga, ele guarda duas recordações. A primeira, de uma atuação no ano passado, e a segunda, de quando entrou em quadra pela primeira vez como titular.

“Contra o Atlântico, no final do jogo, ajudei a conquistarmos a vitória. Mas a estreia contra o Minas consegui ir bem e empatamos. Esses dois jogos guardo com carinho. O titular teve conjuntivite e o reserva torceu o tornozelo. Treinei a semana inteira sozinho e acabei indo para o jogo. Em uma semana saí de terceiro goleiro para debutar pela LNF”, recorda Henrique, que completa relembrando como foi a noite anterior: “Para dormir foi osso, ansiedade a mil. Mas só pensava em ir bem e dar o meu melhor dentro de quadra. Todos os atletas e comissão técnica me deixaram tranquilo e deu tudo certo.”

Ignácio Costa

Henrique defendendo a meta do Tubarão na partida contra o Minas, pela LNF2018. Foto: Ignácio Costa

Com pouco tempo de carreira e muita estrada pela frente, o jogador sabe que tem muito aprendizado e experiências por vir. Enquanto isso, desfruta do enfrentamento do que considera um privilégio.

“Enfrentar craques todo jogo. Lembro do primeiro jogo em casa contra Bateria e Sinoê, “cracasso” de bola. Joguei contra caras que eu tinha como inspiração. Fora isso, é a realização de um sonho jogar uma das ligas mais disputadas do mundo”, diz o goleiro que lamenta apenas as viagens longas e o distanciamento da família durante o ano.

Na posição, Henrique tem algumas referências. Novo ainda, tem pouco lastro de memória de jogadores de antigas gerações. Esse ano novamente poderá dividir a quadra, em lado oposto, com quem mais admira.

“Tiago, do Corinthians. A final da Copa do Mundo em 2008 e 2012 era ele o goleiro da seleção e, então, eu sempre me inspirei nele”, encerra o goleiro do Tubarão, clube com quem tem contrato até o fim do ano.

Na próxima semana, a Live será com o Alexandre Pintinho, ala do Cascavel.