Munin não é mais jogador de futsal do Corinthians. Agora ex-ala/fixo, ele acertou a rescisão de seu contrato com o clube do Parque São Jorge para, aos 34 anos, voltar a ser chamado de Carlos Henrique e assumir uma função no Banco do Brasil, em Brasília.

Divulgação

O piauiense Munin se mostrou satisfeito por ter aposentado no alvinegro

“Eu sempre estudei, sempre deixei algo resguardado. Caso alguma coisa desse errado, eu teria como sustentar minha família. Em 2012, quando eu estava em Brasília ainda, fiz um concurso. Estudei, fui muito bem na prova e acabei me classificando. Agora, saiu a convocação”, afirmou à rádio Difusora, de Patrocínio-MG.

“A correspondência chegou à casa da minha mãe, e ela me mandou. Quando eu vi, falei: ‘Caraca, é coisa de Deus mesmo’. Eu estava com o pensamento de jogar mais uns dois ou três anos no profissional, pensando no que faria. Graças a deus, surgiu essa oportunidade. Fiquei muito feliz”, relatou.

O Corinthians não impôs dificuldade para que Munin voltasse a ser Carlos Henrique. Ele defendia desde o início do ano passado o clube alvinegro, o último de uma carreira atípica. Formado em contabilidade, especialista em auditoria, conciliou estudos e trabalho com disputas universitárias e regionais.

Foi só em 2010 que ganhou uma chance no Peixe Mazza-DF, largou seu trabalho no Banco Itáu e se tornou profissional do futsal. Em 2011, chegou à Liga Nacional e passando nela por algumas equipes até desembarcar no Parque. Hoje, de volta à vida em banco, sente-se realizado, satisfeito por ter se aposentado em preto e branco.

“É realmente uma equipe de camisa, com uma torcida apaixonada. Fui campeão paulista de 2015, com jogadores renomados. Aquilo, para mim, foi muito prazeroso. Passava um filme na minha cabeça, tudo o que passei para chegar ali. Você olha para trás e vê o tanto que batalhou para conseguir realizar um sonho”, concluiu Carlos Henrique.