Ao olhar para o todo, não há o que lamentar. Em 2019, eleito revelação da LNF e melhor jovem jogador do mundo. Em 2020, escolhido o melhor ala esquerdo da competição e destaque da campanha invicta do campeão Magnus. Nas fotos do título conquistado, porém, Leozinho não aparece. Após testar positivo para a Covid-19 entre o primeiro e o segundo jogo, não pôde estar ao lado dos companheiros em Votorantim.

Guilherme Mansueto

Leozinho durante o primeiro jogo da final da LNF 2020. Foto: Guilherme Mansueto

“Fiquei muito triste, porque queria muito ajudar. Por outro lado, minha confiança não mudou em nenhum momento. Nosso elenco é muito forte e eu sabia que os meus companheiros dariam conta do recado e iriam conquistar o título, mas ficar fora, sem poder ajudar é muito ruim”, conta o jogador que em São Paulo fez a jogada do gol do empate em 1 a 1 com o Corinthians. Antes da partida da volta no interior paulista, um gesto do capitão da equipe será lembrado por Leozinho.

“O Rodrigo me ligou de vídeo na rodinha final, e fiquei muito feliz com isso, porque mesmo de fora, eles queriam que eu me sentisse o mais próximo deles possível”, revela o ala que não pôde contribuir na vitória por 3 a 0, que selou a conquista do título.

Um título que entra para a história do clube, não apenas por ser o segundo e de forma invicta, mas pela singularidade. Em uma temporada atípica, sem torcida presente nos ginásios, respeitando os protocolos de segurança, Leozinho foi apenas mais um torcedor no último capítulo de uma trajetória impecável. Ativo nas redes sociais, o jovem acompanhou a festa do título em casa.

“A galera toda comemorando e eu tendo que ver tudo pelas redes sociais. Nem lá pude ir. Sensação ruim, pois queria estar comemorando com eles. Mas a minha alegria pelo título superou qualquer adversidade do momento”, finalizou o jovem vencedor e que em dois anos de LNF já tem muita história para contar. De dentro e fora das quadras.