Luan Batista Leite completa 31 anos de idade no próximo mês. Experiente, o ala do Brasília, que fez o caminho inverso do campo para a quadra, demonstra muito discernimento diante do cenário do seu time e da competição nacional. A equipe busca recuperação na LNF para tentar entrar na zona de classificação do Grupo C. Um dos destaques do time, o jogador contou um pouco de sua trajetória no futsal e o quanto este evoluiu a partir da ampliação da cobertura televisiva de todas as partidas. Confira abaixo o bate papo com o camisa 14 do clube que representa a capital federal.

Marcelo Laitano

Luan Leite defendendo o Brasília na LNF. Foto: Marcelo Laitano

Como foi teu início no futsal?

Foi um pouco atípico. Eu venho do futebol de campo e cheguei no futsal através de uma lesão. Eu estava fora de Brasília e meus irmãos faziam faculdade aqui. Eles comentaram de vir para cá, pois onde eu estava, o tratamento não estava sendo legal. Decidi vir e, na parte final da recuperação, o time de futebol de campo estava na parte final de preparação para o JUBS. Então finalizei com o pessoal do futsal e foi amor à primeira vista. Gostei demais. Estava com 16 anos e desde então não saí mais do futsal.

Embora seja o esporte mais praticado no país, na comparação com o futebol de campo, tanto visibilidade quando rentabilidade não se comparam. Como você imagina o crescimento do futsal acompanhado de um retorno maior para jogadores e clubes?

Existe uma lacuna distante e em relação a tudo. Acho que já caminhamos muito nessa evolução. Um dos fatores mais importantes foi a transmissão de todos os jogos da LNF desde o ano passado. A cobertura vem sendo muito boa e isso para clube e atleta é muito importante. O grande X da questão para quem investe é ter retorno da marca. Havia equipes que não apareciam em nenhuma transmissão de TV; e agora com a LNFTV, TV Brasil e TV Cultura está bem melhor. Foi um avanço muito grande e um passo enorme na evolução financeira dos clubes.

Qual tua avaliação sobre o nível da LNF, novamente em meio a uma pandemia?

É meio clichê falar em equilíbrio, mas é exatamente isso. Volto a falar do televisionamento, pois isso contribuiu. Todos os adversários têm acesso aos jogos dos times que irão enfrentar. Eles podem analisar o jogo completo, o posicionamento de cada jogador, do goleiro, quais as táticas do treinador enfim, o jogo é muito mais estudado. Toda equipe tem o roteiro mapeado e isso torna os jogos muito mais equilibrados do que em edições anteriores.

Qual o objetivo do Brasília e o teu pessoal dentro da competição?

As duas ideias andam juntas e estão bem traçados. Sei que hoje nossa realidade aqui no Brasília é um pouco distante de outras no cenário nacional, mas eu acredito que pouquíssimas equipes nascem gigantes. No seu desenvolver que forjam um time grande. Temos que analisar o que podemos fazer para melhorar. Ano passado conseguimos fazer bons jogos, mas ficamos em último lugar. Esse ano nosso objetivo é classificar.

Em relação aos meus, é levar o Brasília ao nível máximo, quem sabe um dia ser campeão da LNF. Temos que caminhar muito para chegar a esse nível de competitividade, mas é isso que quero para minha carreira, para meu time e para a cidade. Trabalho duro e sei que um dia vou conseguir isso ainda.

O Brasília encara hoje, às 20h, o Tubarão. A partida é válida pela 8ª rodada da LNF 2021 e terá transmissão ao vivo da LNFTV.