Centro de Memória MTC

Minas é um dos mais tradicionais clubes do Brasil. Foto: Centro de Memória MTC

Esporte, Cultura, Educação e Lazer. Esses são os quatro pilares que sustentam o Minas Tênis Clube desde a sua fundação, em 15 de novembro de 1935, até os dias atuais. Com a missão de assegurar aos associados satisfação e alegria de viver, a atuação do Minas é norteada pela excelência na prestação de serviços aos sócios, por meio do lazer, da promoção da saúde e dos cursos de formação esportiva e artística; pela disseminação das mais diversas manifestações culturais; pelo fortalecimento da educação, nos cursos de formação esportiva e cultural; e pelo desenvolvimento do esporte de alto rendimento. Assim, mesclando, na medida certa, tradição e modernidade, competência e paixão, o Minas se tornou, ao longo de seus 85 anos, uma das maiores potências sociodesportivas e culturais do Brasil, além de referência em gestão no segmento clubístico nacional. Conheça, a seguir, um pouco da história do Minas Tênis Clube.

Nos anos 1930, conforme a planta original da cidade, a proposta para ocupar a área de 31 mil m², entre as ruas da Bahia e Emboabas (hoje o quarteirão que compreende as ruas Antônio Aleixo, Espírito Santo e Antônio de Albuquerque) era construir um Zoológico. Mas, a ideia não agradava aos políticos da época. Enquanto não se decidia o que fazer com o terreno, a criançada se divertia, diariamente, no espaço que eles chamavam de “buracão”. A brincadeira era sentar em folhas de bananeira, no alto do barranco,

e escorregar ladeira abaixo até parar nas poças de lama. Segundo historiadores, foi a primeira-dama da capital, Dona Geni, que mostrou ao marido, o então prefeito Otacílio Negrão de Lima (1933-1938), numa revista americana, o sucesso da transformação de espaços semelhantes, nos Estados Unidos, em clubes recreativos. Paralelamente, ainda no início dos anos 1930, um grupo de amigos, entre eles Necésio Tavares, José Mendes Júnior, Gamaliel Soares, Everardo Borges, Augusto Couto, Nansen Araújo, Paulo Gontijo, dentre outros, se reunia na chácara de Cícero Ferreira, no bairro Serra, para jogar tênis.

Nesses encontros, prosperava a ideia de fundação do Serra Tênis Clube. As iniciativas desse grupo e de outro, liderado por Waldomiro Salles, que queria fundar o Clube Belo Horizonte, foram encampadas pela Prefeitura.

Em 15 de novembro de 1935, durante reunião no Automóvel Clube de Minas Gerais, foi assinada a ata de fundação do Clube, tendo como primeiro presidente Necésio Tavares. Durante o período da construção do clube, de 1936 a 1937, a praça de esportes era oficialmente denominada Parque Santo Antônio. Em dezembro de 1938, o Decreto-lei estadual nº 150 estabeleceu que “o campo e as instalações” passariam a se chamar Praça de Esportes Minas Gerais. Vale lembrar que até 1967, quando foi assinada pela Prefeitura de Belo Horizonte a escritura pública de doação do terreno ao Minas, o presidente do clube era escolhido, em lista tríplice, pelo governador do Estado de Minas Gerais.

A festa de inauguração do Minas durou dois dias, 27 e 28 de novembro de 1937, foi noticiada em jornais e rádios pelo país afora e mobilizou autoridades e atletas natação, basquete e vôlei de vários estados. Da inauguração da piscina olímpica, a primeira de Belo Horizonte, participaram nadadoras reconhecidas internacionalmente, como Maria Lenk, a primeira sul-americana a disputar as Olimpíadas, em Los Angeles/1932; e Piedade Coutinho, primeira brasileira a chegar a uma final olímpica, nos Jogos de Berlim/1936. Outra atração da festa de inauguração foi a demonstração de cultura física, feita pelas crianças, no novo Parque Infantil, sob o comando do inesquecível professor Macedo, uma referência da formação esportiva educacional no Minas.

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Em 1940, foi inaugurada a Sede Social do Minas, projetada pelo arquiteto e pintor italiano Rafaello Berti, um dos expoentes da Art Déco, estilo arquitetônico predominante naquela época. A nova edificação seguiu as mesmas características do Prédio do Relógio, projetado por Romeo de Paoli, poucos anos antes. No Salão e no Restaurante da Sede Social, a elite da capital se reunia em grandes eventos sociais. Em 1990, confirmando a importância do Minas para a cidade, a Sede e o Prédio do Relógio foram tombados pelo

POLO DE CULTURA

A criação do Departamento Musical, em 1947, abriu as portas do Salão de Festas da Sede Social para eventos culturais musicais. A programação foi ampliada, incluindo exposições de artes plásticas, espetáculos teatrais e de dança, eventos literários e orquestras, com a implantação, em 1962, do Departamento Cultural e Artístico (DCA). Em 1964, foi criado o Coral do Minas, que está em atividade até os dias atuais, sendo formado exclusivamente por associados.

GINASÃO

Em 1949, teve início a construção do Ginásio Poliesportivo Juscelino Kubitschek, o “Ginasão”, foi inaugurado em 22 de agosto de 1952. A festa de abertura foi marcada pela realização dos XI Jogos Universitários Brasileiros e contou com a presença do governador de Juscelino Kubitschek e de outras autoridades de diversos estados.

MINAS II

Em um processo semelhante ao da implantação do Minas I, em 1974, o então prefeito Oswaldo Pierucetti (1971 a 1975) assinou a doação do terreno, na Serra, para a construção de um centro de esporte e lazer. Assim foi feito e, em 22 de dezembro de 1984, o governador do estado, o prefeito da cidade, dirigentes e associados participaram da festa de inauguração da Praça de Esportes do Minas II. Em 29 de outubro de 1986 foi inaugurada a Sede Social.

MINAS NÁUTICO

Em novembro de 1995, o Minas tornou-se proprietário do terreno de 117 mil m², às margens da Lagoa dos Ingleses, mediante a assinatura do documento pela empreendedora Lagoa Grande. Em março de 1998, o Minas Tênis Náutico Clube foi constituído como associação civil, com sede em Nova Lima. No dia 18 de março de 2000, uma grande festa, com show da banda Titãs, marcou a inauguração da primeira etapa do novo clube.

MINAS COUNTRY

Contemporâneo do Minas, o Country Club de Belo Horizonte foi fundado em maio de 1933. Em 1998, seus dirigentes apresentaram a proposta de incorporação do clube pelo Minas, que foi aprovada em 21 de setembro de 2000, em assembleia geral dos sócios do Country. Nasceu, então, o Minas Tênis Country Clube, com patrimônio que inclui 233.082 m², dos quais 130.485 m² são mata nativa, reconhecida pelo governo estadual como Reserva Particular de Preservação Natural.

NOVO COMPLEXO ESPORTIVO

Em 1998, o Ginásio Juscelino Kubitscheck foi desativado, uma vez que não mais atendia às necessidades do público e do esporte. No lugar do velho ginásio de apenas 3.290 m² foi erguido o Centro de

Treinamento Juscelino Kubitschek, com 15.600 m² de área construída, sendo a primeira etapa do Plano Diretor do Minas I (PDMI). A inauguração do moderno complexo aconteceu em 9 novembro de 2001, marcada por grande festa. Também fizeram parte do Plano Diretor do Minas I, concluído totalmente em 2013, as construções do Centro de Lazer, Centro de Facilidades e Parque Aquático de Lazer, além das reformas da Sede Social e do Prédio do Relógio.

CENTRO CULTURAL

Em 2012, com a inauguração do seu Teatro, o Minas ampliou sua presença no cotidiano da cidade, e Belo Horizonte ganhou um dos mais modernos equipamentos culturais do País: o Centro Cultural Minas Tênis Clube. O moderno complexo também abriga Centro de Memória (museu com selo do Instituto Brasileiro de Museus), Galeria de Arte, Salas Multimeios, Café e, futuramente, Cinema e Biblioteca.

EXPANSÃO DO NÁUTICO

Em 16 de abril de 2018, foi inaugurado o Pavilhão de Esportes e Eventos do Minas Náutico, oferecendo aos associados mais opções de lazer, incluindo piscinas aquecidas cobertas, quadras de squash e moderno Salão de Festas. A nova edificação aumentou a área construída no clube para 40 mil m² do total de 117 mil m².