Foto Yuri Guedes CBFS

Hoje, Rodrigo é capitão da Seleção Brasileira e do Magnus. Foto: Foto Yuri Guedes CBFS

Pode estar chegando ao fim o ciclo de um dos pilares da Seleção Brasileira de futsal. Em entrevista exclusiva para a Gazeta Esportiva, o capitão Rodrigo revelou que deve deixar a camisa amarelinha após a Copa do Mundo da modalidade no próximo ano.

O número 14 tem uma trajetória brilhante defendendo o Brasil, colecionando mais de 100 jogos, de 100 gols e títulos expressivos, como o Mundial de 2012, a última Copa levantada pelo país.

Aos 35 anos, “Capita”, como é carinhosamente chamado, humildemente entende que pode ser o fim de seu ciclo e o início de outro.

“Meu último ato vai ser o Mundial. Ia ser esse ano, passou para 2021. Vou lutar para estar lá, depois quero parar com a Seleção. No próximo ciclo vou estar com 40 anos. É necessária uma renovação, vir outro. Não adianta eu querer forçar mais dois ou três anos e chegar no Mundial e não render”, revelou.

O ciclo de Rodrigo defendendo a Seleção Brasileira já dura 10 anos, algo raro de ser ver na categoria que revela atletas anualmente. Depois de esbanjar conquistas, boas atuações e premiações vestindo a camisa do tradicional Carlos Barbosa, o fixo chegou ao seleto grupo brasileiro às vésperas da Copa do Mundo de 2012. Apesar do pouco tempo no grupo, foi fundamental na conquista.

Caso seja convocado para o Mundial do próximo ano, que será disputado na Lituânia, Rodrigo chegará a sua terceira Copa do Mundo. Em 2016, esteve no elenco derrotado nos pênaltis para o Irã nas oitavas de final.

“Quando eu paro para ver, penso que eu consegui mais do que eu desejava. Mais de 10 anos na Seleção, mais de 100 partidas… A gente fica muito feliz, é uma premiação para o atleta”, comentou.

Porém, se engana quem pensa que o xerife está próximo de pendurar as chuteiras. Rodrigo vivia grande fase no Magnus antes da pausa forçada pela covid-19. Em 2019, foi tricampeão mundial de clubes, vice-campeão e artilheiro da Liga Nacional e vice-campeão paulista. Apesar de não ser mais um jovem, “Capita” ainda tem lenha para queimar.

“No clube não penso em parar. Não tenho uma meta de parar com uma idade específica. Estou muito bem fisicamente, se sentindo bem”, contou.

Guilherme Mansueto

Rodrigo chegou ao Magnus em 2014 e empilhou títulos. Foto: Guilherme Mansueto

O campineiro chegou ao Magnus em 2014, à convite de Falcão, e já conquistou uma Liga Nacional, uma Libertadores e três Mundiais de Clubes. Rodrigo é um dos poucos jogadores de futsal da atualidade que colocou seu nome na história do esporte.

“Tinha o sonho de jogar em um clube, depois de viver do futsal, jogar uma Liga Nacional, passar na televisão, chegar em um time grande, na Seleção. Consegui vencer no esporte, que é tão difícil”, finalizou.