07.11_tomate_brasil_3De Uberaba para Uberaba. O destino, pelo menos durante o Grand Prix de Futsal, é o mesmo da origem do treinador de goleiros da seleção brasileira e do Orlândia, Thiago Tomaz, o Tomate. Natural da cidade mineira, ele não esconde a satisfação de voltar à terra natal, 15 anos depois representando o Brasil. E a data de mais uma “visita” a Uberaba está marcada: 16 de novembro, dia da partida de volta da semifinal entre Orlândia e Corinthians, pela Liga Nacional de Futsal. Ser campeão do Grand Prix com a seleção brasileira será ótimo. Eliminar o Corinthians e ter a possibilidade de ser campeão, literalmente, em casa é a cereja do bolo.

Thiago Tomaz virou Thiago Tomate ainda na terceira série, quando brincava de bola e ficava vermelho. O brincar de bola virou coisa séria aos 12 anos, quando Tomate virou goleiro e jogava pelos times do Jockey e da Uniube. Ficou na cidade até os 18 anos quando foi jogar no time Juvenil do Atlético-MG, em 2000, clube que era o atual campeão da Liga Nacional.

– O Atlético-MG tinha Lenísio, Índio, o goleiro Rogério, jogadores com passagem para a seleção brasileira. Para a gente era um espelho enorme. Quando estava no Juvenil o Atlético-MG chegou a disputar a final contra o time do Vasco que tinha o melhor time da época – lembrou.

Depois do Galo, Tomate voltou para o Triângulo Mineiro onde jogou pelo Praia Clube, passou por Orlândia, Cascavel e Itapeva, onde encerrou a carreira, em 2009. Tomate virou a chave de jogador para treinador quando recebeu o convite de Cidão, técnico do Orlândia.

– Recebeu o convite do Cidão que era treinador de Orlândia e foi um desafio sair de atleta para comissão técnica. Como eu era goleiro, tinha uma noção. Mas não uma preparação em si. Tive que buscar e estudar para melhorar – disse.

Treinador de goleiros de um dos quatro melhores times de futsal do país e da seleção brasileira, Tomate tem conhecimento de causa para cravar: o Brasil tem uma das melhores safras de goleiro.

– Acredito que é o único mercado que não buscamos jogadores fora do Brasil. Temos atletas muitos atuando fora do país, de altíssima qualidade e que vão agregar muito à seleção. Mas o departamento de goleiros é a única que não temos que buscar fora. Temos o Tiago e o Gian, o Dudu, da nova geração, o Guita, do Corinthians. Uma safra muito boa. Uma pena ser só três que vão – brincou.

CAMPEÃO EM CASA?

A seleção brasileira fica até domingo em Uberaba. Mas Tomate comemora o retorno à cidade mineira no dia 16, desta vez, defendendo as cores do Orlândia. Nesta volta, espera ter no currículo o título da 10ª edição do Grand Prix, o nono do Brasil na competição. A festa estará pronta. Mas pode ser ainda melhor. Com o Orlândia na final, e quem sabe, campeão em Uberaba.

– Faz 15 anos que sai daqui e voltar com a seleção, depois voltar com o clube uma semana depois são dois presentes. É indescritível, um sonho se realizando. E se for para a final, passando do Corinthians, posso estender mais um jogo aqui. Pedir para a torcida de Uberaba apoiar o Orlândia para ter mais um jogo. Se for campeão vai completar o bolo. A festa tá feita e com mais este título vou ficar muito feliz – concluiu.

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Notícia: Felipe Santos

Imagens: Ricardo Artifon/ Luis Domingues/ CBFS