Marcelo Pazzini, natural de Belo Horizonte (Minas Gerais), mas que já na infância passou a residir em São Paulo, onde estreou em sua primeira equipe: o Clube Círculo Militar de SP, passando pelo Gergan, até vir parar, em Videira, onde viveu o auge de sua carreira esportiva, atuando pela Sociedade Esportiva e Recreativa Perdigão.

Detalhe curioso de sua carreira é que não passou pelas categorias de base, como geralmente acontece com os jogadores. Pança, foi direto para o adulto.

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Pança, nasceu em 1º de janeiro de 1957. Filho de Gerson e Lea Lúcia. Foto: Blog La Pelota

O seu nome pode mexer com a lembrança de poucos, mas quando se fala em PANÇA, os olhos dos videirenses brilham. Ele foi o principal goleiro na fase áurea da Perdigão. Sua forma física avantajada lhe rendeu o apelido, mas sua agilidade e reflexo eram um tormento para os adversários.

Antes de chegar em Videira, Pança jogou em outros tradicionais clubes de futebol de salão (ou futsal, como queiram): Gercan (SP) de 1980 a 1984, Trilhoteiro de Pelotas (RS), Associação Atlética Enxuta (RS), General Motors/GM (SP), Maneca (SP),  Banespa e Banfort (CE).

A negociação

Quando Saulzinho (Saul Brandalise Júnior) foi contratá-lo, em São Paulo, o na época, jovem goleiro da Gercan, pensou em pedir uma alta grana, por entender que o empresário de uma cidade pequena, não iria aceitar a proposta.

O lendário dirigente esportivo da Perdigão, sem saber quanto este iria pedir, ofereceu três vezes mais e não teve como o goleiro recusar a tentadora proposta. Veio e tornou-se ídolo.

Reza a lenda, que ele teria dito a sua esposa que iria almoçar com um empresário de uma equipe do interior de Santa Catarina, cidade de Videira, conhecida pela criação de porcos e galinhas, mas que não deveria demorar, pois não acreditava que a proposta iria se concretizar em uma real negociação. Na volta pra sua residência, haveria comentado a esposa: “adoro galinha e porco!”.

Na Perdigão, fez parte da primeira equipe profissional de futebol de salão, e jogou ao lado de outro craque: Jackson, melhor do mundo na época. Na ocasião, foram as maiores contratações da modalidade naquele período.

Conquistas

No seu currículo de títulos, Pança possui três campeonatos estaduais com o o Grêmio Gercan (82, 83 e 84), três catarinenses com a Perdigão, um título gaúcho com o Pelotas, dois campeonatos Sul-Americanos, um Pan-Americano (1984) e dois Mundiais com a seleção brasileira, além de ser campeão brasileiro com a seleção paulista (1981) e seleção cearense.

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Seleção Brasileira – Campeã Mundial de 1982, fato que se repetiu, em 1985. Foto: Blog La Pelota

Pança gravou o seu nome na história do futebol de salão por fazer parte do primeiro e segundo título Mundial do Brasil. Ao todo, foram três participações em campeonatos mundiais com a camisa verde a amarela. Em 1988, ano da terceira disputa, ficou com o vice-campeonato, após perder a decisão para o Paraguai.

Pós futsal

Pança, atualmente está em Blumenau, onde reside há aproximadamente 20 anos. Trabalha como representante comercial no ramo têxtil. Dizem os mais próximos, que Pança, é uma pessoa alto astral, alegre, uma simpatia em pessoa.

Marcelo Pazzini é pai de Gabriel, Marcella e André, vovô de Maria Laura e Enrico.

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Valdecir, Zebu e Pança, em encontro festivo da Perdigão, ano de 2012, em Videira. Foto: Blog La Pelota