O grupo A da LNF 2020 com paulistas e mineiros, além do Brasília, reserva quatro vagas em disputa para a próxima fase da competição. Uma delas já é do Magnus, com incríveis 30 pontos em dez jogos, com 100% de aproveitamento. O Minas, que disputou todas as edições até hoje do torneio, luta contra os tradicionais rivais para seguir na briga e tem a seu favor o fato de ter jogado apenas sete jogos.

Brasília Futsal

Peri Fuentes orientando equipe no Minas no empate com o Brasília. Foto: Brasília Futsal

“A análise até agora é extremamente satisfatória, não somente de resultados, mas de atuações. Até nas duas derrotas, tivemos chances de empatar. Agora o funil começa a apertar e cada jogo passa a ser decisão. Precisamos fazer valer o mando agora”, avalia o treinador Peri Fontes, do time mineiro, atual quarto colocado e que jogou apenas duas partidas no seu ginásio.

Na segunda, terceira e quinta posição no grupo, estão São José, Corinthians e Intelli Tempersul com 14, 12 e 11 pontos, respectivamente. Equilíbrio na tabela e na avaliação do que foi feito até agora na largada da LNF.

“O desempenho do São José é positivo, apesar da oscilação. Estamos fazendo bons jogos e o perde e ganha é normal. Precisamos melhorar defensivamente e aproveitar melhor as chances criadas, assim podemos sonhar em ir longe na LNF”, projeta Fernando Cabral, técnico do time do interior paulista. Com mais responsabilidade pelo peso da camisa, o colega corintiano, mesmo com muitos jovens no elenco, elogia a equipe da capital.

Brenno Domingues

Técnico Fernando Cabral passa instruções para a equipe do São José em partida contra o Corinthians. Foto: Brenno Domingues

“Vejo nosso time em evolução constante. É um ano de adaptação à competição. Não temos tempo hábil para treinar e a competição mesmo é que dará corpo para a equipe. Estamos confiantes na qualidade e no ambiente de trabalho”, garante Bié, comandante do Timão.

A proximidade com a fase eliminatória, bem como o conhecimento maior dos adversários, aos poucos contribui para a alteração do clima das partidas, embora todas sem a atmosfera da torcida. O que no começo tinha uma conotação, agora pode passar a ter outra.

“Tivemos um início muito bom com 11 em 18 pontos, mas depois nos complicamos nos nossos próprios erros em jogos em casa. Agora precisamos garantir a classificação nas partidas restantes”, comenta o técnico da Intelli Tempersul, Bruno Silva.

João Paulo Benini

Bruno Silva, treinador da Intelli Tempersul, busca ajustar a equipe para buscar a classificação. Foto: João Paulo Benini

O que ninguém tem dúvida é em relação ao desempenho do Magnus. O time de Sorocaba venceu todos os jogos, tem o melhor ataque da Liga com 41 gols, Pedrinho e Rodrigo entre os três artilheiros e uma campanha invejável que já o coloca às portas da fase mais quente da Liga Nacional.

“É uma sequência do que fazemos na primeira fase. Claro que muitas equipes vão melhorar, mas como a nossa também. Agora com o Djony temos outro estilo de jogo também. Na segunda fase temos que tirar proveito do que fizemos bem até aqui. Estou muito confiante e acho que como outros times, poderemos brigar pelo título”, garante o técnico Ricardinho.

 

Confira o que cada treinador pensa das consequências da pandemia para o trabalho

Magnus – Ricardinho

“Por uma competição do nível da LNF, ter dez vitórias deixa muita gente surpreendida, até mesmo nós da comissão técnica e eu como comandante da equipe. Acho que a preparação feita durante a pandemia nos deu muita confiança. Temos um grupo com jovens e quatro a cinco jogadores experientes adaptados ao meu trabalho. Estamos colhendo bons frutos nesse início.”

Corinthians – Bié

“Fomos um dos últimos a voltar a treinar. Muita viagem e pouco treino dificulta a parte técnica dos atletas. É um fato novo para todos os treinadores e temos que nos reinventar dentro do campeonato. Identificar as necessidades de cada jogo e dar ênfase nos poucos treinos que temos.”

Augusto Godoy

André Bié comemora gol da sua equipe pela LNF 2020. Foto: Augusto Godoy

Intelli Tempersul – Bruno Silva

“A pandemia foi dificuldade para todos na preparação. Como nosso investimento é médio, ela meio que igualou o tempo de trabalho com os outros e a Liga ficou mais equilibrada. A maior dificuldade é que não conseguimos treinar. Com o calendário apertado com dois jogos por semana fica difícil.”

São José – Fernando Cabral

“A maior dificuldade nessa edição é a perda de atletas, alguns lesionados e outros que se transferiram para fora do país. Temos uma equipe jovem, sendo que 70% dela está em sua primeira participação na LNF. O pouco tempo de trabalho não deu para preparar a equipe nas minhas características. Estamos vivendo aos poucos a competição, treinando enquanto jogamos e tivemos que nos adaptar para o momento que restou pós pandemia.”

Minas – Peri Fuentes

“Tudo o que decorreu da pandemia, principalmente pouco tempo de trabalho entre um jogo e outro, talvez explique por que tem saído tantos gols na chave. Tem acontecido muitos gols no início, o que torna o jogo diferente, sem ser arrastado e especulado o jogo. Não vejo uma explicação somente para isso.”

Guilherme Mansueto

Magnus, do técnico Ricardinho e do fixo Rodrigo, tem campanha impecável até agora na LNF, com 100% de aproveitamento. Foto: Guilherme Mansueto

Próximos jogos das equipes

Intelli Tempersul x Praia Clube

Magnus x São José

Minas x Corinthians