Quem é maior, Pato Branco ou Francisco Beltrão? Separadas por 55km, as duas cidades do Sudoeste do Paraná travam uma das maiores rivalidades regionais do país. No campo esportivo não poderia ser diferente. Com um representante de cada município no futsal, as disputas entre o Pato, o time de Pato Branco, e o Marreco, a equipe de Francisco Beltrão, tornaram-se um campeonato à parte. Conhecido como o Clássico das Penas, o duelo entre pato-branquenses e beltranenses tem um novo capítulo neste sábado. A partida será às 13h15 no Ginásio Municipal Dolivar Lavarda, em Pato Branco, com transmissão ao vivo do SporTV.

Clássico das Penas acontece hoje, às 13h15, com transmissão do SporTV. Foto: Mauricio Moreira

As disputas entre as duas cidades começaram nos anos 1950 com a chegada dos imigrantes ao território de Francisco Beltrão. Eles deram o nome do local de Vila das Marrecas, porque, no rio da região, havia grande quantidade de marrecas selvagens. Ali perto, onde hoje é Pato Branco, já havia a Vila Nova. Na época, a Cango (Colônia Agrícola Nacional General Osório) – órgão criado pelo então presidente Getúlio Vargas com o intuito de colonizar as terras das fronteiras – tinha sua sede onde é Pato Branco. Com a aparição da Vila Marrecas, a sede mudou para o lugarejo vizinho, criando assim a chamada “rivalidade das penas”.

Francisco Beltrão nos anos 50. Foto: Prefeitura de Francisco Beltrão

– A rivalidade começou quando os dois municípios foram criados. Desde aquela época a rivalidade já acontecia nos meios políticos, sociais e econômicos. Sempre foi aquela disputa de saber quem é maior e quem tem mais poder aquisitivo. A rivalidade esportiva começou no futebol e depois veio para o futsal. Hoje existem grandes discussões, mas um respeito enorme entre as duas cidades – disse o jornalista Adolfo Pegoraro, natural de Francisco Beltrão.

Assim como no campo político, Pato e Marreco conseguiram suas respectivas ascensões esportivas quase que na mesma época. Enquanto o time de Francisco Beltrão chegou à LNF em 2016, a equipe pato-branquense conseguiu a sua vaga no campeonato nacional no ano seguinte.