Não fosse a pandemia do coronavírus, os olhos do mundo do futsal estariam voltados para a Lituânia nos próximos meses. Sede do torneio adiado para a temporada que vem, o país serviu de muito aprendizado para Rafa Medeiros. O atleta do Brasília contou uma de suas passagens na Europa, durante Live no Instagram da LNF, comandada por João Barreto, repórter da LNFTV e TV NSports.

“Lá é mais tático, muito difícil alguém ir para o mano a mano. Só com uma autorização para ir para cima”, explica o jogador que antes daquele país, pisou pela primeira vez no velho continente na Irlanda: “Foi uma experiência radical de amadurecimento dentro e fora das quadras”, recorda.

Aos 26 anos, direto da capital federal, Rafa segue a rotina permitida em tempos de distanciamento social. Treinos dois dias na semana, dois grupos separados. Confira abaixo os melhores trechos da entrevista.

Marcelo Laitano

Rafa se prepara para defender o Brasília na temporada 2020. Foto: Marcelo Laitano

Quarentena: Sem treinar eu fico maluco. Peço para o preparador mandar treino. Estou agoniado e capaz de subir pelas paredes (risos).

Começo: Sempre fui do futsal e não do campo. Tive uma oportunidade aos 16 anos, aqui em Brasília mesmo, no Peixe, um time que disputou a Liga Nacional em 2012. Logo após um período aqui fui pra Irlanda. Achei até que era trote quando falaram comigo. Nem sabia que tinha futsal lá.

Passagem na Irlanda: Foi uma experiência radical de amadurecimento dentro e fora das quadras. Longe de casa e dos meus avós. Eu falava inglês e meu pai sempre falava “tá vendo, você reclamava”.

Passagem pela Lituânia: É um país muito bom de se morar. O pessoal gosta muito de esporte, principalmente o basquete, mas estão desenvolvendo o futsal na base até do futebol de campo. Tanto que esse ano o mundial seria lá.

Diferença do futsal lá e aqui: Lá é mais tático, muito difícil alguém ir para o mano a mano. Só com uma autorização para ir para cima. Cheguei a tomar dura de treinador quando eu passava do meio da quadra.

Pivô mais difícil de marcar: São 3 na verdade. O Vander Carioca, que ele quase arrancou meu nariz numa virada, o Barbosinha, que acabou conosco, e o Humberto, quando eu fechava a perna direita, ele saía para o outro lado.

Futuro do futsal: Eu acho que o futsal deveria ser mais valorizado. Na Lituânia me impressionei que botam 5 mil pessoas na Arena.

Volta à Brasília: Queremos fazer com que o projeto do Brasília dure. O grupo é praticamente com o pessoal da cidade. Para mim é muito legal voltar a jogar aqui.

Cinco ideal: No gol, com certeza o maluco do Djony. Na ala tem muitos, mas vou colocar o Guina, que é embaçado. Pivô, o Vini, porque o que vi ele fazer em Florianópolis é piada. E na direta vou jogar o Neguinho, mesmo ele sendo metido a fixo.

Na semana que vem o convidado da Live da LNF será Antoniazzi, atleta do Joaçaba.