Basta rever as imagens para ter uma ideia da alegria de Ricardinho assim que o cronômetro zerou e o Magnus sagrou-se bicampeão no último domingo. O jovem treinador tirou a camisa e saiu desenfreado correndo rodando o braço direito em cima da cabeça com a camisa na mão até parar diante dos dirigentes do clube que acompanhavam a final contra o Corinthians de fora da quadra. Com os punhos cerrados comemorava mais que qualquer um. Não era para menos, afinal de contas comandou um time que será para sempre lembrado.

Danilo Camargo

Ricardinho, campeão e melhor técnico da LNF 2020

“Nós entramos para a história. O que esses caras fizeram, eu não sou nada. Não perdemos um jogo e fomos campeões invictos. Um jogo sequer não perdemos”, lembrou tranquilamente em entrevista minutos depois da euforia pós título. Título, que é o terceiro da carreira do paulistano de 43 anos. Como jogador, Ricardinho conquistou a LNF em 2011 com o Santos e em 2014 com o Brasil Kirin, que hoje é Magnus, e a cidade volta a festejar, seis anos depois uma nova conquista recheada de dificuldades.

“Parabéns a todos os times da Liga porque foi uma liga dificílima. Eu tenho maior orgulho de dar esse título tão sonhado para Sorocaba”, disse emocionado o treinador ao dedicar a conquista para a família.

A campanha histórica laranja teve 100% de aproveitamento nos 12 jogos da primeira fase. Nos playoffs foram mais cinco vitórias e três empates, números que ajudaram Ricardinho a ser eleito o melhor treinador da competição. E antes da final, sua fala tinha o mesmo tom sereno, recuperado depois de baixada a adrenalina fruto da corrida ao redor da quadra.

“Para mim é muito gratificante. Ninguém ganha nada sozinho e por isso eu divido o prêmio com todos da comissão”, destacou Ricardinho dias antes de voltar a provar o gosto do título da LNF, o terceiro de um currículo recém atualizado.