Mesmo regionalizada, a LNF 2020 não tem os três gaúchos reunidos no mesmo grupo. Enquanto ACBF e Atlântico estão no B, a Assoeva disputa com outros adversários no grupo C uma vaga para a próxima fase da competição. As três equipes estão em situações diferentes, pelo menos até agora.

Ulisses Castro

ACBF encerrou sua participação na 1ª fase liderando o grupo B. Foto: Ulisses Castro

“Campanha muito boa. Sabíamos que na chave íamos dividir pontos pelo equilíbrio das equipes.  Atingir 60% de aproveitamento nessa chave considero muito bom”, avalia Edgar Baldasso, treinador do time de Carlos Barbosa que lidera o grupo B com 21 pontos.

O Atlântico chegou a liderar o grupo, mas nas últimas rodadas deixou alguns pontos pelo caminho. As duas equipes perderam em casa e venceram fora o clássico, quanto se enfrentaram. Nada a estranhar em uma competição que mudou a forma de disputa na atual temporada, mas conservou a caraterística de equilíbrio e competitividade entre os times.

“Estamos fazendo uma boa campanha, mas sempre queremos algo mais, como a liderança. Está dentro do esperado. O primeiro objetivo que era classificar, atingimos com rodadas de antecedência. Agora é trabalhar para chegar forte na próxima fase.” Projeta Giba, comandante do time de Erechim.

Em um cenário mais indefinido está a Assoeva. A equipe de Venâncio Aires encontrou dificuldades na preparação durante a pandemia. Sem liberação local para treinar com o plantel todo ao mesmo tempo, os trabalhos no de organização de time não se realizaram em condições idênticas aos dos demais. Os gaúchos ocupam a quarta colocação no grupo C com 13 pontos em dez jogos. Podem subir na tabela de classificação, mas ao mesmo tempo não tem a vaga assegurada para os playoffs como os dois parceiros conterrâneos.

Roni Müller

A Assoeva está viva na busca por uma vaga nos Playoffs. Foto: Roni Müller

“É uma campanha regular, mas que podia estar melhor. Entendemos por que estamos oscilando. Além de pouco, foi muito tempo de trabalho individualizado e isso cobra um preço na competição. Outro fator é a sequência de jogos, com jogos dia sim e dia não. É um novo método e temos que nos adaptar. Temos que agradecer que graças ao esforço de todos as competições estão saindo”, avalia Guigo, treinador da Assoeva.

O certo é que a partir das eliminatórias uma nova LNF se desenha. Outros fatores, como tradição, peso de camisa, experiência em decisão, certamente serão levados em conta. Pentacampeã da competição, a ACBF sabe da responsabilidade que carrega.

“Mais do que time grande, time preparado. Todo o nosso planejamento foi visando a fase de playoffs. Isso não nos garante que iremos passar, mas de qualquer forma nos dá maior probabilidade. Buscamos fazer uma primeira fase consistente e não ganhando a qualquer custo. Experimentamos muita coisa, poupar atletas para não os perder agora. Acima da tradição e da camisa, tem os processos que foram respeitados. Estamos na ascendente e é nisso que a gente confia”, garante Edgar Baldasso, técnico do clube laranja.

Na primeira fase é possível observar um número significativo de vantagem dos visitantes nos confrontos, algo talvez, proporcionado pelo ambiente praticamente o mesmo em todos os ginásios, sem a presença de público. Resta saber como será o comportamento das equipes nas eliminatórias sem contar com o apoio do torcedor, decisivo nesses momentos.

Edson Castro

Atlântico, do técnico Giba, já está classificado para os Playoffs. Foto: Edson Castro

“O fator local não vem fazendo a diferença. Tem sido expressivo o número de vitórias dos visitantes. Acredito que o nível de concentração nos jogos de mata a mata aumenta bastante e isso pode ser preponderante. Claro que qualidade de elenco e do trabalho realizado passam também a ser de suma importância para atingir os objetivos”, conclui Giba, do Atlântico.

Próximos jogos dos gaúchos

Joaçaba x Assoeva

Marreco x Atlântico

A ACBF já disputou todas as partidas da primeira fase da competição.