FPF

Tiago Brito é um dos destaques do time de Portugal. Foto: FPF

A Seleção Nacional de Futsal iniciou a terceira semana de trabalhos no âmbito do estágio de preparação para o Campeonato do Mundo Lituânia 2021 e cumpre esta segunda-feira os seus dois primeiros treinos em Viseu.

Após duas semanas de trabalho intensas, que incluíram a realização de dois jogos de preparação, a Equipa das Quinas iniciou a terceira semana de trabalhos tendo em vista a sua participação no Campeonato do Mundo Lituânia 2021. Tiago Brito acredita que a equipa está no caminho certo.

“Estamos a meio da nossa preparação. Agora vamos ter um maior volume de jogo, mas julgo que estamos no caminho certo e a preparar-nos para chegarmos na máxima força ao dia 13 de setembro [data do primeiro jogo de Portugal no Mundial]. [Diante do Japão e da Venezuela] foram dois excelentes testes. São equipas um pouco semelhantes na forma de defender.”

Para esta semana estão previstos três jogos – diante Angola, Uzbequistão e Costa Rica – e o ala luso espera três bons testes para consolidar o trabalho desenvolvido. O ala diz não esperar facilidades de nenhum dos adversários e espera equipas fortes fisicamente.

“Esta semana temos pela frente equipas um pouco diferentes, o que vai ser ótimo porque no Mundial também vamos defrontar equipas com diferentes estilos de jogo e iremos ter de nos adaptar bem a essas situações. Por isso, esta semana vamos ter três excelentes testes e boas provas que iremos ter pela frente para podermos consolidar ainda melhor todo o trabalho que tem sido desenvolvido até agora. Com a evolução da modalidade, atualmente é extremamente difícil as equipas criarem uma grande diferença no marcador. O estudo da modalidade e o trabalho desenvolvido a nível mundial no futsal é cada vez maior. Isso faz com que as equipas se preparem ainda melhor para estas fases finais. Esperamos sempre seleções fortes fisicamente e que vão tentar equilibrar o resultado ao máximo até ao fim do encontro. Nós também queremos melhorar em relação aos últimos dois jogos. Apesar de o resultado não ser o mais importante, queremos melhorar em termos de exibição. É nesse âmbito que iniciámos esta terceira semana de trabalhos. ”

O jogador que regista 87 convocações e 22 gols garante que o seu foco está no coletivo.

“Não estou preocupado com o número de golos ou de internacionalizações. Estou muito focado no objetivo coletivo da equipa e acho que tem sido, também, o grande mérito que este grupo tem tido nos últimos anos – tem sempre colocado o objetivo coletivo à frente do individual e os resultados falam por si. Acho que se conseguimos levar essa mentalidade até ao fim deste estágio, poderemos alcançar algo bonito. Claro que quero sempre marcar e poder contribui ao máximo para ajudar a equipa, em todos os jogos, mas o principal objetivo é o coletivo e é nesse que estou muito focado.”

O ala fala de uma “boa irresponsabilidade” dos jogadores mais jovens que trarão mais imprevisibilidade para os adversários. Garante que, dentro de campo, todos vão ter de fazer força para o mesmo lado para que Portugal possa atingir os seus objetivos.

“Em relação ao Europeu, não tínhamos esta juventude do Zicky, do Paçó, do Afonso… Essa boa irresponsabilidade que eles vão dar ao nosso jogo, faz com que nós possamos ter um upgrade e uma evolução nesse aspeto. Quando eles tiverem em campo, os nossos adversários não vão estar muito por dentro do que é que eles poderão dar ao jogo. Vêm acrescentar muito isso. Esses jogadores são jovens e conhecedores do bom ambiente que se vive aqui na Seleção. Por isso só vêm acrescentar e não prejudicar. Vejo [essa juventude] como uma mais-valia em relação à equipa que venceu o Europeu e tem tudo para dar certo. Mas temos de ser nós a fazer tudo, dentro do campo, para que isso aconteça – os mais antigos ou mais jovens. Todos vão ter de remar e fazer força para o mesmo lado para que possamos atingir os nossos objetivos.”