Dilshod Rakhmatov, do Uzbequistão, chega à Copa do Mundo de Futsal da FIFA Lituânia  de 2021 com um objetivo claro: deixar seu país orgulhoso. É apenas a sua segunda aparição na final mundial, mas o homem da Dinastia Dalian Yuan tem grandes esperanças de uma campanha memorável.

“Estou feliz por ter esta oportunidade de mostrar nosso progresso e defender a honra do nosso país”, disse o jogador de 31 anos ao FIFA.com. “Viemos representar o Uzbequistão e sinto que estou no auge da minha carreira.”

Rakhmatov e companhia fizeram sua estreia na Copa do Mundo de Futsal na Colômbia 2016, mas a falta de experiência internacional se manifestou na impossibilidade de ultrapassar a fase de grupos, com seu único ponto no empate por 3-3 com os donos da casa. Cinco anos depois, no entanto, ele sente que estão bem posicionados para causar uma surpresa ou duas em uma seção que também apresenta Rússia, Egito e Guatemala.

“Nosso objetivo inicial é nos classificar neste grupo”, continuou. “Cometemos erros em nossa primeira Copa do Mundo de Futsal e lições foram aprendidas.

“Nunca jogamos contra a Guatemala e não os conhecemos. Quanto às outras duas seleções, tivemos experiências com a Rússia e conhecemos seu jogo. O Egito não é um estranho para nós, pois os enfrentamos em um recente campeonato internacional na Tailândia (ganhando 4-0). ”

Qualificação inaugural

O curso de qualificação do Uzbequistão nunca foi tranquilo. Desde que ingressou na AFC, eles participam da Copa Asiática de Futsal da AFC, que também acontece nas eliminatórias para a Copa do Mundo de Futsal a cada quatro anos. Eles conseguiram terminar entre os três primeiros em cinco ocasiões, de 1999 a 2014, mas parecia que seu mundo sempre desabava quando era mais importante nas eliminatórias para a Copa do Mundo.

A descoberta só veio quando o Uzbequistão sediou a edição de 2016 das finais asiáticas. Nas importantes quartas-de-final, o time derrotou o Iraque por 3 a 0 – com Rakhmatov acertando dois gols – para entrar nas semifinais e assim garantir sua vaga na final global. “2016 foi o melhor ano da minha carreira”, disse Rakhmatov, cuja equipe terminou o torneio como vice-campeã. “Já havia vencido campeonatos com meu clube e país, mas passar por aquela campanha de qualificação e chegar à primeira Copa do Mundo foi mais significativo.

“Estávamos jogando em casa e tínhamos todo o estádio atrás de nós. E sabíamos que também havia muitos fãs nos assistindo pela TV. Nós lutamos muito e passamos. Aquelas foram cenas inesquecíveis. Até hoje eu ainda me lembro dos gols que eu marquei contra o Iraque. É uma boa memória que guardarei com carinho por toda a minha vida.

“Foi [a qualificação para a Colômbia 2016] muito importante para o nosso país. A seleção de futsal do Uzbequistão foi fundada em 1996, mas fracassamos nas eliminatórias da Copa do Mundo várias vezes. Finalmente, conseguimos deixar tudo isso para trás e fazer história [em 2016 ]. ”

Desafiando as probabilidades

Na preparação para a Copa do Mundo de Futsal, o Uzbequistão – sob o comando do novo técnico Bakhodir Ahmedov – enfrentou uma série de dificuldades causadas pela atual pandemia de COVID-19.

“Isso tornou a vida difícil para nós”, refletiu Rakhmatov. “Durante o bloqueio no ano passado, não podíamos sair de casa. Portanto, tínhamos que fazer todos os nossos treinos em casa. Tentamos todos os meios que podíamos pensar para manter a forma e a forma física. Graças a Deus, as coisas estão melhorando. Agora podemos treinar e jogar fora. ”

Uma série de amistosos foram organizados na preparação para a Lituânia 2121, com o Uzbequistão melhorando a forma com uma vitória e um empate contra a Venezuela, e uma vitória por 10-0 sobre Moçambique. Notavelmente, eles também jogaram duas vezes contra a atual campeã mundial Argentina e foram derrotados apenas por uma pequena margem.

“Ganhamos boas experiências para a Copa do Mundo”, disse ele. “Temos uma equipe com uma aparência nova, com muitos jovens e o treinador Akhmedov está incentivando-os a jogar bem. A química dentro da equipe é muito boa. Estamos prontos para a batalha.”