Mesmo que à distância, embora não pelo distanciamento social, é possível perceber que Vitinho trata-se de um cara acima da média. Natural da capital federal, o jogador se enxerga realizado na profissão que escolheu. Jogar futsal a carreira toda no cenário candango valoriza ainda mais a carreira, pois a região mais poderosa politicamente do país está distante de onde o futsal tem mais força.

“Depois de uma certa idade a gente vai sendo menos exigente né? Hoje só quero poder fazer uma boa competição, poder entrar para história de atletas que fizeram a diferença no esporte de Brasília para outros jogadores de base daqui do DF, onde não temos muita visibilidade”, diz o ala.

Vitinho provavelmente, quando encerrar a carreira da bola pesada, vai vestir os trajes mais comuns em quem circula perto do poder em Brasília: poderá trocar o tênis, o meião, o calção e a camiseta pelo terno e gravata.

“Sou um cara bem estudioso, tenho que me dar esse crédito, gosto de ler, me formei em direito esse ano e vou fazer a prova da OAB, são coisas que me fazem ficar motivado”, garante o jogador.

Marcelo Laitano

Vitinho, atleta do Brasília, quer entrar para a história do esporte no DF. Foto: Marcelo Laitano

Curiosidades de Vitinho

Cidade que nasceu: Nasci na capital do Brasil, em Brasília, no Distrito Federal, onde resido a vida inteira.

Lugar mais bonito que conheceu: Tive a oportunidade de visitar muitos lugares bonitos, mas nada se compara com Barcelona, na Espanha, a cidade mais incrível que tive o prazer de conhecer.

Música: Desde criança tive a referência dos meus pais com o pagode e o samba, e não tinha como ser diferente, aprendi a amar um pagodinho, e o futebol/ futsal tem uma ligação direta com esse estilo musical né? Eu sou suspeito em falar de qualquer banda, ouço samba do Fundo de Quintal até o pagode romântico do Sorriso Maroto, mas o Thiaguinho para mim é um fenômeno musical, ele é o melhor.

Comida: Confesso que sempre fui muito chato com comida, não sou de comer qualquer coisa não, mas um churrasco no domingo me ganha fácil. Gosto muito de ir em restaurantes com minha namorada, preciso ficar me policiando porque somos atletas né?! Mas, às vezes, escapo para o Madeiro com ela e tudo certo.

Hobby: Na questão do lazer gosto muito de jogar Football Manager no computador, um jogo de estratégia e administração de futebol, muito divertido por sinal.

Jogo inesquecível: Na nossa vida de atleta temos muitos altos e baixos né? Fica até difícil escolher um momento para cada situação, mas me recordo bem da final da Taça Brasil sub-20, onde vencemos a equipe do Goiás e foi um jogo memorável. Entrou para história.

Um jogo para esquecer: Foi em 2018, onde jogando pelas quartas de final da Copa do Brasil, eu atuava por outra equipe (UPIS/ Futsal) e perdemos de 5×1 para o Constelação, de Roraima. Na ocasião tivemos muitos imprevistos com o elenco, e foi uma noite muito difícil. Para esquecer realmente.

Título: Sem dúvidas foi o título da Taça Brasil sub-20. Ali eu sabia que amava demais o esporte e queria fazer aquilo por muito tempo.

Ídolos: Tenho vários. Vão mudando conforme o tempo e a maturidade, mas hoje, depois de tudo que vi e aprendi, creio que Michael Jordan é um exemplo como atleta, como homem, como pai de família, um verdadeiro ídolo.

Ídolos no Futsal: Dentro do futsal eu teria vários nomes com quem já joguei como Munin, Marlon, Cassio, o próprio Rafa do Corinthians, jogadores que vi de perto porque são daqui de Brasília e são excepcionais. Mas hoje, olho o Diego, do Barcelona, e vejo um jogador muito fora de série, extremamente completo e muito decisivo, grande jogador.

Sonhos: Meu sonho sempre foi ser jogador. A vida vai mudando, você vai criando vários meios de viver, outras ocupações e o futsal veio como uma grata surpresa para mim. Hoje posso me considerar um atleta profissional de alto nível por poder disputar o campeonato mais difícil do mundo. A nível de competitividade e igualdade, estou realizando um sonho.