As feições no rosto e o estilo de jogo revelam muito sobre a origem de Douglas Nunes. O pivô grandalhão de 25 anos é irmão do veterano Betão, jogador que marcou época na seleção brasileira, principalmente no ano de 2008, quando foi um dos destaques da conquista do sexto título mundial do Brasil. Quatorze anos mais novo que o pivô multicampeão, Douglas tenta seguir os passos de Betão. Atualmente no Corinthians, o jogador integra a equipe convocada para enfrentar a Polônia em amistosos em Uberaba (MG). Neste domingo, brasileiros e poloneses fazem o último duelo da série, às 10h, com transmissão ao vivo da Globo dentro do Esporte Espetacular. Na sexta, a equipe canarinho triunfou por 3 a 1.

Ricardo Artifon

Douglas Nunes em ação contra a Polônia. Foto: Ricardo Artifon

– Ele sempre me deu muitos conselhos e me ensina bastante até hoje dentro e fora de quadra. Desde que eu passei a ser convocado para a seleção, ele vem me dando uns toques e eu tento seguir os passos dele. Ele me aconselha a ter foco nos jogos e treinamentos. Ele pede para nunca relaxar, independentemente da atividade – disse Douglas.

Natural de Sapopemba, Zona Leste de São Paulo, Douglas Nunes é cria das categorias de base do Corinthians. Seu primeiro ano no futsal adulto foi em 2013. O pivô ficou no Timão até 2014. Nos dois anos seguintes, atuou pelo Orlândia, antes de transferir-se para o Kairat Almaty, do Cazaquistão, em 2016. Terminada a passagem pelo futsal europeu, Douglas retornou ao Parque São Jorge, onde está até hoje.

– Comecei na base do Corinthians, passei também por Ribeirão Pires e Barueri, mas subi para o adulto no Corinthians. Se contar todas as minhas passagens, são mais de oito anos de Corinthians. Sou muito identificado com o clube, que investe muito na formação de jogadores e não à toa hoje temos vários atletas revelados no Corinthians na seleção (Leandro Lino, Marcel e Rocha integram a lista) – destacou.

Divulgação

Douglas e Betão juntos no Corinthians em 2014. Foto: Divulgação

Douglas e Betão atuaram juntos em duas oportunidades: em 2014 no Corinthians e em 2016 no Orlândia. Pelo Timão, a dupla conquistou a primeira divisão da Taça Brasil de Clubes. Convocado para a seleção pela última vez em 2015, Betão está no futsal italiano desde o ano passado. Depois de uma passagem pelo Luparense, o pivô transferiu-se para o Real Rieti.

– Ter um irmão como o Betão é um grande estímulo para mim. Somos uma família de cinco filhos, três homens. Meu outro irmão também joga. Num ambiente desse não tinha como eu ter outra profissão. Desde pequeno sempre quis ser jogador de futsal e hoje é uma grande felicidade estar na seleção – disse Douglas.

Ricardo Artifon

Pivô é tietado por torcedores em Uberaba. Foto: Ricardo Artifon

O pivô de 25 anos agora trabalha para firmar-se na seleção brasileira. Sonhando com uma vaga na equipe que vai representar o país no Mundial de 2020, Douglas espera fazer um grande jogo diante da Polônia neste domingo no Centro Olímpico de Uberaba.

– Estou tentando aproveitar ao máximo essa nova oportunidade. Estou buscando o meu espaço. Sei que a minha posição é muito concorrida, mas eu estou aqui fazendo o meu trabalho. Esse jogo contra a Polônia vai ser muito importante. Desde antes do primeiro amistoso, nós sabíamos que seria difícil, então vou trabalhar muito para ajudar o Brasil a sair com outra vitória – finalizou.