Encerrada a euforia pela conquista do nono título do Grand Prix, a seleção brasileira passa a voltar as atenções para o seu principal objetivo: a Copa do Mundo de Futsal Fifa, em setembro do ano que vem, na Colômbia. Para Falcão, a difícil vitória por 4 a 3 sobre o Irã na final deste domingo, em Uberaba-MG, serviu para deixar a seleção já no clima do Mundial, uma vez que o time verde-amarelo enfrentou um dos países que mais tem evoluído no cenário do futsal internacional nos últimos anos.

08.11_brasil_ira_2

– Foi um jogo para entrar de vez no clima de Copa do Mundo. Muita gente não tem noção da força que é o Irã, tivemos a sorte e a competência de fazer os gols no momento certo, e aí nos deu uma vantagem para segurar a força deles no final. Quase que eles empataram, mas esse é o tipo de jogo que não se joga, se ganha. E nós ganhamos – afirmou o camisa 12.

O próximo compromisso do grupo comandado pelo técnico Serginho Schiochet são as Eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo, em fevereiro, no Paraguai. Para Falcão, o treinador brasileiro terá muita dificuldade para decidir os 14 nomes que representarão o país na competição, uma vez o torneio será “Data-Fifa”, isto é, haverá a possibilidade de convocação de atletas que atuam no exterior.

– Agora é voltar as atenções para as Eliminatórias. O Serginho vai ter que ter um cuidado muito grande ao convocar os jogadores que atuam fora, mesclando com os que estão aqui. É claro que ele vai ser sempre injusto com alguém, porque o Brasil tem 30 ou 40 jogadores e ele só pode convocar 14. Mas eu espero que ele seja feliz na convocação e que a gente faça uma grande Eliminatória – disse o craque.

07.11_brasil_colombia_13

Voltando ao assunto Grand Prix, Falcão fez questão de ressaltar o surgimento de novos valores para a seleção brasileira, em especial o pivô do Jaraguá, Diego, artilheiro do torneio com sete gols, e o ala/pivô Dimas, do Concórdia, que também teve participação importante na conquista brasileira. Sobre o pedido de corte dos seus jogadores, vindo de Corinthians e Orlândia, o camisa 12 preferiu ponderar, ressaltando que as convocações de última hora serviram para aumentar as dúvidas na cabeça do técnico Serginho.

– Situação do clube a gente não pode se meter. Eu sempre penso que clubes e seleção têm que ser parceiros. Mas foi bom para dar oportunidade a outros jogadores, e os que vieram deram conta do recado. Isso cria mais dúvida ainda na cabeça do Serginho. Você vê o Diego, que não estava nem aqui e de repente foi artilheiro da competição e com méritos, fazendo gols importantes em momentos decisivos. Teve o Dimas que também fez um grande campeonato, assim como outros jogadores. O Brasil tem condição de fazer cinco ou seis seleções, e isso só serviu para criar mais dúvidas na cabeça do Serginho – finalizou.

Notícia: Flávio Dilascio

Imagens: Ricardo Artifon/ CBFS