José Delmo Menezes Júnior

Presidente acredita em um Marreco forte e competitivo mesmo com a saída de alguns atletas. Foto: José Delmo Menezes Júnior

A diretoria do Cresol/Marreco Futsal passou por uma semana turbulenta, tanto pela saída de Bateria para o futsal espanhol como pelo imbróglio envolvendo Richard, que ainda não pode jogar por conta de uma transferência internacional. Recentemente, o goleiro Gaúcho, os fixos Eder e Rena Fuzo, além do pivô Rafinha, também foram negociados com outras equipes. Em entrevista ao Jornal de Beltrão, o presidente do Marreco, Ivo Dolinski, diz que as saídas de atletas não põe fim ao sonho dos títulos do Paranaense e da Liga Nacional. Segundo ele, a equipe ainda tem muita qualidade e está unida em busca dos objetivos. Confira a entrevista:

Qual foi a importância do Bateria para o projeto?

Ele foi uma pessoa muito importante na nossa evolução fora de quadra, sempre trazendo inovações para tratarmos com nossos patrocinadores, articular a nossa comunicação e também no departamento médico. Sem contar que é uma pessoa fantástica, um excelente profissional. Quem sabe no futuro a gente possa trazer ele novamente, mas em uma condição de estrutura melhor do clube.

Por que tantos atletas saíram para a Europa?

Até o ano passado, a gente não estava acostumado com isso. Devido à semifinal na Liga Nacional, ganhamos uma projeção acima do esperado também nos países da Europa. Somos sinceros em dizer que estamos ainda aprendendo a lidar com essa situação, estamos identificando quem realmente quer estar aqui. Quando perdemos um jogador pra Europa, buscamos outro nos estaduais ou em divisões inferiores. Esse é o patamar do Marreco por enquanto.

José Delmo Menezes Júnior

Bateria vai jogar no Cartagena, da Espanha, na próxima temporada do futsal europeu. Foto: José Delmo Menezes Júnior

O clube cresceu rápido demais?

Acredito que sim. Chegar em uma semifinal de Liga Nacional no segundo ano é coisa para poucos times. Isso precisa ser valorizado. Conseguimos nove jogos com transmissão do SporTV, o que trouxe um retorno de mídia muito grande para nossos patrocinadores. Para a temporada 2017 ser perfeita, faltou o título estadual, foi uma questão de detalhe, pois pênalti é assim mesmo. Mas isso não representa que estamos fazendo tudo errado e que o campeão está fazendo tudo certo. Estamos trilhando o nosso caminho, buscando sempre o melhor para o nosso torcedor.

O título do Pato na Taça Brasil incomoda o Marreco?

Claro que incomoda, mas no sentido positivo. Faz buscar ser ainda melhor, aumentar a cobrança e buscar também nossos títulos em nível nacional. Se a gente não se incomodar, se acomoda. E um time de Liga Nacional não permite isso. Estou ainda mais motivado, sabendo que essa rivalidade só nos faz crescer cada vez mais.

O Richard joga ainda pelo Marreco?

Esperamos que sim. O nosso supervisor, o Ricardo Ronqui, está cuidando disso pra nós. Temos muita confiança no trabalho dele, juntamente com a equipe do departamento jurídico. Nós não escondemos de ninguém que gostamos muito do futsal do Richard e temos, inclusive, intenção de renovar com ele pro ano que vem. Mas tudo vai depender do desfecho dessa situação.

José Delmo Menezes Júnior

Richard aguarda liberação para poder voltar a jogar pelo Marreco. Foto: José Delmo Menezes Júnior

Marreco vai contratar mais alguém?

Não tem mais prazo para inscrição no Paranaense. Na Liga Nacional é possível, mas já estamos na reta final da primeira fase. A ideia da diretoria é abraçar os atletas que ficaram, fechar com a comissão técnica e seguir em busca dos nossos objetivos na temporada, que é o título Paranaense e, por que não, da Liga Nacional. Temos um grupo mais reduzido, mais ainda é um plantel de muito respeito. Alguns atletas sabem que podem render mais também e isso pode fazer uma grande diferença.

Já começou o planejamento para o ano que vem?

Sim, nós vamos começar a conversar com os atletas sobre renovação, vamos deixar claras as nossas intenções. É uma situação que depende de resultados também, nosso esporte exige isso. Mas se o time se comportar bem, a ideia é manter uma boa base pra 2019.

Não é muito arrojado sonhar com o título da Liga Nacional?

Acredito que não, pois os times estão todos muito nivelados. O nível técnico das oitavas e das quartas de final é muito parecido. Arrisco a dizer que até mesmo a final está no mesmo patamar de dificuldade. O que diferencia é o time que vai estar mais inteiro, sem lesões, suspensões, motivação, enfim, é uma série de fatores. Mas acho que a gente deve, sim, sonhar com o título das duas competições. Precisamos mais do que nunca do apoio dos torcedores, imprensa e patrocinadores. Com a união de todos, vamos chegar cada vez mais longe.