A diretoria do Cresol/Marreco Futsal passou por uma semana turbulenta, tanto pela saída de Bateria para o futsal espanhol como pelo imbróglio envolvendo Richard, que ainda não pode jogar por conta de uma transferência internacional. Recentemente, o goleiro Gaúcho, os fixos Eder e Rena Fuzo, além do pivô Rafinha, também foram negociados com outras equipes. Em entrevista ao Jornal de Beltrão, o presidente do Marreco, Ivo Dolinski, diz que as saídas de atletas não põe fim ao sonho dos títulos do Paranaense e da Liga Nacional. Segundo ele, a equipe ainda tem muita qualidade e está unida em busca dos objetivos. Confira a entrevista:
Qual foi a importância do Bateria para o projeto?
Ele foi uma pessoa muito importante na nossa evolução fora de quadra, sempre trazendo inovações para tratarmos com nossos patrocinadores, articular a nossa comunicação e também no departamento médico. Sem contar que é uma pessoa fantástica, um excelente profissional. Quem sabe no futuro a gente possa trazer ele novamente, mas em uma condição de estrutura melhor do clube.
Por que tantos atletas saíram para a Europa?
Até o ano passado, a gente não estava acostumado com isso. Devido à semifinal na Liga Nacional, ganhamos uma projeção acima do esperado também nos países da Europa. Somos sinceros em dizer que estamos ainda aprendendo a lidar com essa situação, estamos identificando quem realmente quer estar aqui. Quando perdemos um jogador pra Europa, buscamos outro nos estaduais ou em divisões inferiores. Esse é o patamar do Marreco por enquanto.
O clube cresceu rápido demais?
Acredito que sim. Chegar em uma semifinal de Liga Nacional no segundo ano é coisa para poucos times. Isso precisa ser valorizado. Conseguimos nove jogos com transmissão do SporTV, o que trouxe um retorno de mídia muito grande para nossos patrocinadores. Para a temporada 2017 ser perfeita, faltou o título estadual, foi uma questão de detalhe, pois pênalti é assim mesmo. Mas isso não representa que estamos fazendo tudo errado e que o campeão está fazendo tudo certo. Estamos trilhando o nosso caminho, buscando sempre o melhor para o nosso torcedor.
O título do Pato na Taça Brasil incomoda o Marreco?
Claro que incomoda, mas no sentido positivo. Faz buscar ser ainda melhor, aumentar a cobrança e buscar também nossos títulos em nível nacional. Se a gente não se incomodar, se acomoda. E um time de Liga Nacional não permite isso. Estou ainda mais motivado, sabendo que essa rivalidade só nos faz crescer cada vez mais.
O Richard joga ainda pelo Marreco?
Esperamos que sim. O nosso supervisor, o Ricardo Ronqui, está cuidando disso pra nós. Temos muita confiança no trabalho dele, juntamente com a equipe do departamento jurídico. Nós não escondemos de ninguém que gostamos muito do futsal do Richard e temos, inclusive, intenção de renovar com ele pro ano que vem. Mas tudo vai depender do desfecho dessa situação.
Marreco vai contratar mais alguém?
Não tem mais prazo para inscrição no Paranaense. Na Liga Nacional é possível, mas já estamos na reta final da primeira fase. A ideia da diretoria é abraçar os atletas que ficaram, fechar com a comissão técnica e seguir em busca dos nossos objetivos na temporada, que é o título Paranaense e, por que não, da Liga Nacional. Temos um grupo mais reduzido, mais ainda é um plantel de muito respeito. Alguns atletas sabem que podem render mais também e isso pode fazer uma grande diferença.
Já começou o planejamento para o ano que vem?
Sim, nós vamos começar a conversar com os atletas sobre renovação, vamos deixar claras as nossas intenções. É uma situação que depende de resultados também, nosso esporte exige isso. Mas se o time se comportar bem, a ideia é manter uma boa base pra 2019.
Não é muito arrojado sonhar com o título da Liga Nacional?
Acredito que não, pois os times estão todos muito nivelados. O nível técnico das oitavas e das quartas de final é muito parecido. Arrisco a dizer que até mesmo a final está no mesmo patamar de dificuldade. O que diferencia é o time que vai estar mais inteiro, sem lesões, suspensões, motivação, enfim, é uma série de fatores. Mas acho que a gente deve, sim, sonhar com o título das duas competições. Precisamos mais do que nunca do apoio dos torcedores, imprensa e patrocinadores. Com a união de todos, vamos chegar cada vez mais longe.