A seleção brasileira de futsal ganhou um grande reforço para o Mundial 2016, que começa no próximo dia 10, na Colômbia. Treinador campeão mundial em 2012, na Tailândia, Marcos Sorato está de volta à comissão técnica brasileira para atuar como auxiliar-técnico de Serginho Schiochet. A função é a mesma desempenhada pelo ex-pivô na Copa do Mundo de 2008, quando o Brasil também ficou com o título, quebrando um tabu de 12 anos sem a conquista do caneco mais desejado do futsal.

Sorato está com a seleção em Francisco Beltrão (PR) desde o último domingo. Ele também esteve no banco de reservas nos quatro amistosos entre Brasil e Argentina, em julho. Aos 45 anos, Pipoca – como era chamado em seus tempos de jogador -, dirige atualmente o Al Ahli Club, dos Emirados Árabes. Desde que deixou a seleção, no fim de 2012, ele passou ainda por Milan (Itália), Tyuman (Rússia) e Al Wahda (Emirados Árabes).

– Minha função na seleção agora é  parecida com a que de em 2008, um trabalho que gosto muito. No dia a dia estou sempre em contato com Serginho e jogadores tentando filtrar as necessidades de ambos os lados. Na parte prática, como no Mundial do Brasil, sou responsável pela bola parada. Acredito nessa divisão de funções e trabalho em equipe da comissão técnica, foi assim com o Vander (Iacovino) também em 2012 – disse Sorato.

Sobre a sua importância para a seleção atual, Pipoca acredita que poderá contribuir com a sua vivência no futsal estrangeiro nos últimos anos. Para o auxiliar-técnico brasileiro, o futsal mudou muito tecnicamente e taticamente de 2012 para cá.

– Em 2012, estava há 7 anos trabalhando apenas na seleção e vinha de 16 anos anteriores jogando e treinando na Espanha. Agora passei pela escola russa e atualmente estou em Dubai, vivendo o dia a dia de um clube. Independente de tudo que um profissional já passou no esporte, o aprendizado é constante. A tática evolui, as gerações mudam, você não pode parar de querer melhorar e aprender – destacou.

Motivado para o Mundial da Colômbia, ele ressalta que o Brasil não fez a preparação ideal devido aos problemas estruturais e políticos enfrentados pelo futsal brasileiro nos últimos anos. Contudo, ele crê que o time verde-amarelo é um dos credenciados ao título.

– Realmente, a preparação para esse Mundial está longe das duas últimas. Nos ciclos anteriores, consegui jogar contra Rússia, Portugal e Irã na casa deles, por exemplo. As grandes seleções continuam sendo boas: Espanha, Itália, Irã, Rússia, Portugal, Argentina…Acrescente a essa lista o Cazaquistão, do Cacau e do Higuita, e o Azerbaijão, com treinador e jogadores brasileiros. Sem esquecer da Colômbia, a dona da casa. Então, a linha entre perder e ganhar num jogo nivelado de futsal é muitíssimo tênue, e , baseado nisso e sendo honesto, podemos lutar pelo oitavo título ou sermos eliminados numa fase anterior. Apesar de tudo, vejo os atletas com muito foco e acredito no melhor – concluiu.