A Seleção Nacional de Portugal concentrou-se esta terça-feira para iniciar a quarta semana de trabalhos – a segunda em Viseu -, tendo em vista a sua participação no Campeonato do Mundo Lituânia 2021, que se disputa entre os dias 12 de setembro e 3 de outubro.

A Equipa das Quinas iniciou a preparação a 8 de agosto em Rio Maior, tendo realizado dois jogos de preparação no Pavilhão Polidesportivo de Rio Maior – diante do Japão ((3-2) e da Venezuela (2-1), nos dias 18 e 20 de agosto, respetivamente. A terceira semana de trabalhos arrancou em Viseu a 22 de agosto, com a equipa comandada por Jorge Braz a realizar mais três testes de preparação – diante de Angola (4-3), Uzbequistão (1-3) e Costa Rica (5-0).

Após três semanas de trabalhos e cinco jogos de preparação, Bruno Coelho, faz um balanço positivo dos trabalhos.

“Tem sido positivo. Temos vindo a crescer gradualmente. Isso tem-se notado de jogo para jogo e até mesmo entre nós de treino para treino. Até nas reuniões que fazemos, temos analisado e temos visto que temos evoluído. Agora temos mais uma semana em Viseu. Vamos querer aumentar os índices físicos, analisar estas semanas e o último jogo que fizemos contra a Costa Rica, para vermos onde é que podemos continuar a melhorar, de forma a podermos chegar da melhor forma possível ao Mundial.”

Para esta semana estão agendados mais dois testes no Pavilhão Cidade de Viseu, diante do Paraguai. A primeira partida está agendada para sexta-feira (3 setembro), pelas 20h00, e a segunda para domingo (5 de setembro), pelas 19h00. Estes serão os últimos testes de preparação antes de Portugal iniciar a sua participação no Mundial.

Portugal já defrontou cinco equipas que vão estar no Mundial – Japão, Venezuela, Angola, Uzbequistão e Costa Rica – e vai ter mais duas partidas diante de outra seleção que estará na Lituânia – o Paraguai. O ala luso falou das expetativas para esta última semana de trabalhos em Viseu e para esses dois jogos.

“Que seja tão boa ou melhor que as outras semanas de trabalho até aqui. Esperamos que os jogos sejam uma boa consequência do bom trabalho que temos vindo a desenvolver. Não vai ser fácil e a nossa preocupação não é agora o Paraguai. Será mais à frente. O que nós queremos é estar bem e continuar a desenvolver o nosso trabalho, continuar a estar focados e concentrados no que é essencial e é para isso que vamos trabalhar nesta semana.”

Bruno Coelho prepara-se para disputar a sua sexta fase final depois das presenças em cinco campeonatos da Europa (2012, 2014, 2016 e 2018) e em um Campeonato do Mundo (2016) e explicou o que se pode esperar dele neste Mundial.

“O que sempre se pôde esperar – muita dedicação, muito trabalho, muita resiliência… Todos os meus colegas e equipa técnica vão ter o melhor e o máximo de mim. Não prometo que vã estar sempre na perfeição ou sempre a 100 por cento, porque é difícil, mas o que eu prometo é muto trabalho e muita dedicação… com todo o meu esforço e com tudo o que eu sei do futsal, tentar ajudar o máximo possível a nossa Seleção.”

Na época transata jogou em França e na próxima temporada jogará em Itália. Na sua opinião, esta experiência foi positiva.

“[Seis fases finais] Já é alguma experiência… tenho também um ano fora do país, fora da minha zona de conforto. Acho que me tornou um pouco mais forte e um pouco mais equilibrado emocionalmente, porque não é fácil. Espero poder estar disponível, e acredito que vou estar, para ajudar o Selecionador, todos os meus colegas e a seleção portuguesa.”

Bruno Coelho atingiu a marca dos 40 golos e ultrapassou Pedro Cary. O ala está na lista dez melhores marcadores de sempre na Seleção, mas garante que não são os números que o fazem

“Claro que é sempre bom marcar e gosto de marcar… Qualquer jogador de futebol ou de futsal gosta de fazer golos, mas a minha maneira de jogar não enaltece tanto o golo. Não sabia disso. O mais importante é que todos esses golos que eu consegui fazer foi para ajudar a Seleção.”

“Acho que se estivermos todos focados e concentrados… se cada um souber a sua tarefa, acho que vamos conseguir um bom resultado [no Mundial]. A expetativa acaba por ser sempre alta porque somos ambiciosos e não os contentamos com pouco. Sabemos as dificuldades que vamos encontrar.”

A finalizar, explicou que a equipa é ambiciosa, mas espera dificuldades e não antevê um acesso fácil aos oitavos de final e que a conquista do Europeu há três anos no Europeu apenas acrescenta responsabilidade à Seleção. Garante que o foco tem que estar em cada um dos jogos.